terça-feira, 28 de abril de 2020

Preparem-se: no B.I.S. já se fala que a transparência dos Bancos Centrais não é positiva

A Supremacia dos Bancos Centrais sobre a Soberania das Nações é o objetivo do sistema financeiro internacional: por isso mesmo, dentro do B.I.S., o Banco Central dos Bancos Centrais com sede na cidade da Basileia, Suíça (paraíso fiscal), já se fala que a transparência dos Bancos Centrais não é algo positivo para as previsões financeiras e macro-econômicas. O Cubo do Banco Central (B.I.S.)...

O Cubo do Banco Central (B.I.S.)

... possui um jornal...



Capa do artigo/relatório

Na introdução podemos ler o seguinte: "Em uma grande amostra de países em diferentes regiões geográficas e por um longo período de tempo, encontramos efeitos de variáveis específicas limitadas ao país, sobre a transparência dos Banco Centrais no que diz respeito à precisão das previsões e sua dispersão entre um grande conjunto de previsões profissionais de variáveis financeiras e macroeconômicas. Mais comunicação aumenta ainda os erros de previsão e a dispersão."

Por isso o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) foi alvo da Medida Provisória n° 893 que visa integrar o órgão no Banco Central do Brasil, transformando-o na Unidade de Inteligência Financeira (UIF), como analisamos profundamente no artigo A GRANDE ARMADILHA | Medida Provisória transforma COAF na Unidade de Inteligência Financeira (UIF) vinculada ao Banco Central.

A Nação-Brasil está dominada pela maçônica Corporação-Estado República Federativa do Brasil desde, pelo menos, 1822. A recuperação da Soberania Nacional só acontecerá após todo o brasileiro aprender onde as suas correntes estão presas e o que deve fazer para se libertar: se tal despertar não acontecer, lutas como as da Auditoria Cidadã da Dívida serão sempre contra as intermináveis pedras atiradas ao povo brasileiro, sem jamais conseguir acabar, definitivamente com a origem das pedras.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Fundação Rockefeller em 2010 cria cenário quase igual à Pandemia 2020 | Tradução de documento

IMPORTANTE: este artigo não coloca em questão a existência, ou não-existência, do Covid-19, nem coloca em questão os números de infectados e mortos pelo Covid-19 apresentados pelas instituições oficiais.

Em Maio de 2010, a Fundação Rockefeller lança o relatório Cenários para o Futuro da Tecnologia e Desenvolvimento Internacional, o qual descreve um cenário extremamente semelhante nos detalhes ao que estamos vivendo em 2020: surge uma Pandemia Global que justifica a imposição de um sistema de Capitalismo Autoritário mundial. Afinal, o que estamos vivendo hoje, Abril de 2020, é obra do acaso, ou resultado de uma Agenda Internacional muito bem planejada e definida?

Capa do documento

O relatório de 54 páginas descreve 4 cenários...

▪ Lock Step (Etapa de Bloqueio)
 Clever Together (Juntos [de forma] Inteligente)
 Hack Attack (Ataque Hacker)
 Smart Scramble (Caminhada Inteligente)

ETAPA DE BLOQUEIO - Um mundo de controle governamental de cima para baixo mais rigoroso e liderança mais autoritária, com inovação limitada e crescente pressão dos cidadãos. INTELIGENTES JUNTOS - Um mundo em que surgem estratégias altamente coordenadas e bem-sucedidas para abordar questões mundiais urgentes e arraigadas. ATAQUE HACKER - Um mundo economicamente instável e propenso a choques, no qual governos enfraquecem, criminosos prosperam e emergem inovações perigosas. CAMINHADA INTELIGENTE - Um mundo economicamente deprimido no qual indivíduos e comunidades desenvolvem soluções localizadas e improvisadas para um conjunto crescente de problemas.


Contextualizando

O relatório Cenários para o Futuro da Tecnologia e Desenvolvimento Internacional foi elaborado em conjunto com a Global Business Network (GBN - Rede de Negócios Global), uma filial do Monitor Group - falido em 2012, razão pela qual o link apresentado no relatório está desativado - e comprado, logo de seguida, pela Monitor Deloitte...

Revista Forbes mencionando a venda das ações do Monitor Group para o Monitor Deloitte : 20.11.2012

... parceiro do Fórum Econômico Mundial.


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No entanto, quando usamos ferramentas de recuperação de links desativados, conseguimos visualizar algumas coisas sobre a Global Business Network (GBN):

"A GBN ajuda organizações a se adaptarem e crescerem em um mundo cada vez mais incerto e volátil. Usando nossas ferramentas e conhecimentos de ponta - planejamento de cenários, aprendizado experiencial, redes de especialistas e visionários - permitimos que nossos clientes enfrentem seus desafios mais críticos e obtenham a percepção, confiança e capacidades necessárias para moldar o futuro."

Os 5 fundadores da GBN

Peter Schwartz | Presidente, é um renomado futurista e estrategista de negócios. Autor de cinco livros, incluindo The Art of the Long View, The Long Boom e Inevitable Surprises, Peter atuou anteriormente como chefe de planejamento de cenários na Royal Dutch/Shell em Londres e dirigiu o Strategic Environment Center na SRI International.

Stewart Brand | É um renomado escritor, futurista e inventor de idéias e organizações; além da GBN, ele co-fundou a Fundação Long Now, o Whole Earth Catalog, o CoEvolution Quarterly e a rede de computadores WELL. Seus livros incluem O Relógio do Longo Agora, Como os Edifícios Aprendem e O Laboratório de Mídia.

Napier Collyns | Extraordinário networker, passou 30 anos na Royal Dutch/Shell em planejamento, assuntos públicos e recursos humanos. Como parte da equipe original de planejamento de cenários de Pierre Wack na Shell, ele foi pioneiro no uso de redes visionárias para desafiar, ampliar e aprofundar o pensamento corporativo.

Jay Ogilvy | Iniciou sua carreira como professor de filosofia em Yale e Williams antes de dirigir o programa de pesquisa VALS e Lifestyles (VALs) na SRI. Ele é autor de muitos livros e artigos, incluindo Criando Melhores Futuros e Viver Sem Um Objetivo, e é "reitor" dos aclamados programas de treinamento em cenários da GBN.

Lawrence Wilkinson | Um inovador e investidor em multimídia, também foi co-fundador e vice-presidente da Oxygen Media, ex-presidente da Colossal Pictures, produtora de cinema e televisão e estudioso de clássicos.

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A falência do Monitor Group talvez seja a razão de não conseguirmos encontrar o relatório em nenhuma fonte primária (Fundação Rockefeller, GBN, Monitor Group e Monitor Deloitte), mas isso não explica porque também não encontramos qualquer menção ao relatório dentro de instituições e mídias de grande porte, mas apenas em pequenos espaços cibernéticos, nos quais, em sua grande maioria, uma crítica não-positiva é feita em relação ao relatório. No entanto, como conseguimos encontrar um documento de 2010 da Universidade de Harvard mencionando o relatório, consideramos que aquele tem credibilidade suficiente para provar que, sim, o relatório foi realmente criado pela Fundação Rocckefeller em conjunto com a GBN Monitor Group.

Menção do relatório Cenários para o Futuro da Tecnologia e Desenvolvimento Internacional em um documento da Universidade de Harvard, de 2010.

Lembrando

Antes de passarmos à tradução de parte do relatório da Fundação Rockefeller, vale a pena lembrar:

O Relatório Kissinger, Implicações do Crescimento da População Mundial, de 10 de Dezembro de 1974 foi tornado confidencial, sendo desconfidencializado  em 31 de Dezembro de 1980, mas somente liberado em 03 de Julho de 1989. Henry Kissinger, que foi Secretário de Estado dos Estados Unidos da América de 1973 a 1977 e sempre foi uma figura super-influente na política externa dos EUA, lança o relatório com 123 páginas defendendo que existiam pessoas demais no mundo, sendo que em 1974 calculava-se a demografia mundial em 4 bilhões, atingindo 5 bilhões apenas em 1987. No relatório encontramos capítulos intitulados:

 Ações para criar Condições para o Declínio da Fertilidade: População e Desenvolvimento da Estratégia de Assistência;
 Programas de Assistência Funcional para criar Condições para o Declínio da Fertilidade;
 Providenciamento e Desenvolvimento de Serviços de Planejamento Familiar, Informação e Tecnologia;
 Pesquisa para melhorar Tecnologias de Controle de Fertilidade;
 Utilização de Mass Mídia e Sistema de Comunicações de Satélite para Planejamento Familiar;
 Ação para desenvolver Políticas mundiais e Comprometimento Popular para a Estabilidade Populacional

Quem sabe ainda traduziremos este documento para a língua portuguesa.

Relatório Kissinger, Implicações do Crescimento da População Mundial, de 10 de Dezembro de 1974

O Event 201, realizado no dia 18 de Outubro de 2019 pelo Forum Econômico Mundial, a Fundação Bill & Melinda Gates e pela Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, "foi um exercício-de-mesa pandêmico de 3,5 horas que simulou uma série de discussões dramáticas e facilitadas, confrontando dilemas difíceis e reais associados à resposta a uma pandemia hipotética, mas cientificamente plausível. O evento 201 simula um surto de um novo coronavírus zoonótico transmitido de morcegos a porcos para pessoas que eventualmente se torna eficientemente transmissível de pessoa para pessoa, levando a uma pandemia grave. O patógeno e a doença que causa são modelados em grande parte na SARS, mas é mais transmissível na comunidade por pessoas com sintomas leves. A doença começa nas fazendas de suínos no Brasil, silenciosa e lentamente no início, mas depois começa a se espalhar mais rapidamente nos ambientes de saúde. Quando começa a se espalhar eficientemente de pessoa para pessoa nos bairros densamente povoados e de baixa renda de algumas das megacidades da América do Sul, a epidemia explode. É exportado primeiro por viagens aéreas para Portugal, Estados Unidos e China e depois para muitos outros países. Embora a princípio alguns países possam controlá-lo, ele continua a se espalhar e a ser reintroduzido, e eventualmente nenhum país pode manter o controle.Não há possibilidade de uma vacina estar disponível no primeiro ano. Existe uma droga antiviral fictícia que pode ajudar os doentes, mas não limita significativamente a propagação da doença.Como toda a população humana é suscetível, durante os meses iniciais da pandemia, o número acumulado de casos aumenta exponencialmente, dobrando a cada semana. E à medida que os casos e as mortes se acumulam, as consequências econômicas e sociais se tornam cada vez mais graves.O cenário termina nos 18 meses, com 65 milhões de mortes. A pandemia está começando a diminuir devido ao número decrescente de pessoas suscetíveis. A pandemia continuará até certo ponto até que exista uma vacina eficaz ou até que 80-90% da população global seja exposta. A partir daí, é provável que seja uma doença endêmica da infância."


Interessante observar que é a própria Escola de Saúde Johns Hopkins que está oferecendo, hoje, uma das mais consultadas base-de-dados mundial sobre o Covid-19:


TRADUÇÃO DO RELATÓRIO
Cenários para o Futuro da Tecnologia
e Desenvolvimento Internacional
Capítulo Lock Step (Etapa de Bloqueio), pág. 18

Um mundo de controle governamental de cima para baixo mais rígido e liderança mais autoritária, com inovação limitada e crescente pressão nos cidadãos.

Em 2012, finalmente chegou a pandemia que o mundo antecipava há anos. Diferentemente do H1N1 de 2009, essa nova cepa de influenza - originária de gansos selvagens - era extremamente virulenta e mortal. Até mesmo os países mais preparados para a pandemia foram rapidamente atingidos quando o vírus se espalhou pelo mundo, infectando quase 20% da população global e matando 8 milhões em apenas sete meses, a maioria deles adultos jovens e saudáveis. A pandemia também teve um efeito mortal nas economias: a mobilidade internacional de pessoas e bens parou, debilitando indústrias como o turismo e quebrando as cadeias de suprimentos globais. Mesmo localmente, lojas e edifícios comerciais normalmente movimentados ficavam vazios por meses, desprovidos de funcionários e clientes.

A pandemia cobriu o planeta - embora números desproporcionais tenham morrido na África, no sudeste da Ásia e na América Central, onde o vírus se espalhou como fogo na ausência de protocolos oficiais de contenção. Mas mesmo nos países desenvolvidos, a contenção era um desafio. A política inicial dos Estados Unidos de "desencorajar fortemente" os cidadãos de voar se mostrou mortal em sua indulgência, acelerando a propagação do vírus não apenas dentro dos EUA, mas também através das fronteiras. No entanto, alguns países se saíram melhor - principalmente a China. A rápida imposição e aplicação de quarentena obrigatória por todos os cidadãos pelo governo chinês, bem como a vedação instantânea e quase hermética de todas as fronteiras, salvou milhões de vidas, impedindo a propagação do vírus muito mais cedo do que em outros países e permitindo uma rápida recuperação pós-pandêmica.

O governo da China não foi o único que tomou medidas extremas para proteger seus cidadãos contra riscos e exposição. Durante a pandemia, líderes nacionais em todo o mundo flexionaram sua autoridade e impuseram regras e restrições herméticas, desde o uso obrigatório de máscaras faciais até a verificação da temperatura corporal nas entradas de espaços comuns, como estações de trem e supermercados. Mesmo depois que a pandemia desapareceu, esse controle e supervisão mais autoritários dos cidadãos e de suas atividades continuaram e se intensificaram. Para se protegerem da propagação de problemas cada vez mais globais - de pandemias e terrorismo transnacional a crises ambientais e aumento da pobreza - líderes em todo o mundo se apoderaram mais firmemente do poder.

Imagem do relatório: "É possível disciplinar e controlar algumas sociedades por algum tempo, mas não todo o mundo todo o tempo", uma frase que faz lembrar imensamente o dito de Abraham Lincoln: "Podes enganar algumas pessoas algum tempo, mas não podes enganar todas as pessoas todo o tempo", o qual foi, posteriormente, usado por Bob Marley na música "Get up, Stand up".

A princípio, a noção de um mundo mais controlado ganhou ampla aceitação e aprovação. Os cidadãos cederam voluntariamente parte de sua soberania - e sua privacidade - a estados mais paternalistas em troca de maior segurança e estabilidade. Os cidadãos eram mais tolerantes e até ansiosos por direção e supervisão de cima para baixo, e os líderes nacionais tinham mais liberdade para impor a ordem da maneira que considerassem adequada. Nos países desenvolvidos, essa supervisão ampliada assumiu várias formas: identificações biométricas para todos os cidadãos, por exemplo, e regulamentação mais rigorosa das principais indústrias cuja estabilidade foi considerada vital para os interesses nacionais. Em muitos países desenvolvidos, a cooperação forçada com um conjunto de novos regulamentos e acordos restaurou lenta mas firmemente o crescimento da ordem e, principalmente, do crescimento econômico.

No mundo em desenvolvimento, no entanto, a história era diferente - e muito mais variável. A autoridade de cima para baixo assumiu diferentes formas em diferentes países, baseando-se principalmente na capacidade, calibre e intenções de seus líderes. Em países com líderes fortes e atenciosos, o status econômico geral e a qualidade de vida dos cidadãos aumentaram. Na Índia, por exemplo, a qualidade do ar melhorou drasticamente depois de 2016, quando o governo proibiu veículos de alto impacto. No Gana, a introdução de programas governamentais ambiciosos para melhorar a infraestrutura básica e garantir a disponibilidade de água limpa para todo o seu povo levou a um declínio acentuado nas doenças transmitidas pela água. Mas uma liderança mais autoritária funcionou menos bem - e em alguns casos tragicamente - em países dirigidos por elites irresponsáveis que usaram seu poder crescente para perseguir seus próprios interesses às custas de seus cidadãos.

Houve outras desvantagens, pois a ascensão do nacionalismo virulento criou novos perigos: os espectadores da Copa do Mundo de 2018, por exemplo, usavam coletes à prova de balas que exibiam uma estampa de sua bandeira nacional. Regulamentos tecnológicos fortes sufocaram a inovação, mantiveram os custos altos e reduziram a adoção. No mundo em desenvolvimento, o acesso a tecnologias "aprovadas" aumentou, mas além disso permaneceu limitado: o lócus da inovação tecnológica estava amplamente no mundo desenvolvido, deixando muitos países em desenvolvimento na extremidade receptora de tecnologias que outros consideram "melhores" para eles. Alguns governos acharam isso paternalista e recusaram-se a distribuir computadores e outras tecnologias que eles ridicularizavam como "de segunda mão". Enquanto isso, os países em desenvolvimento com mais recursos e melhor capacidade começaram a inovar internamente para preencher essas lacunas por conta própria.

Enquanto isso, no mundo desenvolvido, a presença de tantas regras e normas de cima para baixo inibia bastante a atividade empreendedora. Os cientistas e os inovadores eram frequentemente informados pelos governos sobre quais linhas de pesquisa seguir e eram orientados principalmente para projetos que gerariam dinheiro (por exemplo, desenvolvimento de produtos orientados pelo mercado) ou que eram "apostas seguras" (por exemplo, pesquisa fundamental), deixando áreas de pesquisa mais arriscadas ou inovadoras, em grande parte, inexploradas. Os países ricos e as empresas monopolistas com grandes orçamentos de pesquisa e desenvolvimento ainda fizeram avanços significativos, mas a PI por trás de suas descobertas permaneceu trancada por uma rígida proteção nacional ou corporativa. A Rússia e a Índia impuseram rígidos padrões domésticos para supervisionar e certificar produtos relacionados à criptografia e seus fornecedores - uma categoria que, na realidade, significava todas as inovações de TI. Os EUA e a UE reagiram com padrões nacionais de retaliação, lançando uma chave no desenvolvimento e difusão de tecnologia globalmente.

Especialmente no mundo em desenvolvimento, agir de acordo com o interesse próprio nacional geralmente significa buscar alianças práticas que se encaixam nesses interesses - seja obter acesso aos recursos necessários ou se unir para alcançar o crescimento econômico. Na América do Sul e na África, as alianças regionais e sub-regionais tornaram-se mais estruturadas. O Quênia dobrou seu comércio com o sul e o leste da África, com o crescimento de novas parcerias no continente. O investimento da China na África expandiu-se à medida que a barganha de novos empregos e infraestrutura em troca do acesso aos principais minerais ou exportações de alimentos se mostrou agradável para muitos governos. Os laços transfronteiriços proliferaram na forma de ajuda oficial à segurança. Embora a implantação de equipes de segurança estrangeiras tenha sido bem-vinda em alguns dos estados mais fracassados, as soluções de tamanho único produziram poucos resultados positivos.

Em 2025, as pessoas pareciam estar se cansando de tanto controle de cima para baixo e de deixar os líderes e as autoridades fazerem escolhas por elas.

Onde quer que interesses nacionais colidissem com interesses individuais, havia conflito. A reação esporádica tornou-se cada vez mais organizada e coordenada, à medida que jovens e pessoas descontentes que viram seu status e oportunidades desaparecerem - principalmente nos países em desenvolvimento - incitaram agitação civil. Em 2026, manifestantes na Nigéria derrubaram o governo, fartos do compadrismo e da corrupção arraigados. Mesmo aqueles que gostaram da maior estabilidade e previsibilidade deste mundo começaram a ficar desconfortáveis e constrangidos por tantas regras rígidas e pelo rigor das fronteiras nacionais. O sentimento persistia de que, mais cedo ou mais tarde, algo inevitavelmente perturbaria a ordem pura que os governos do mundo haviam trabalhado tanto para estabelecer.

INSPIRAÇÃO: este trabalho foi inspirado na seguinte entrevista do jornalista investigativo, Harry Vox, em 21 Outubro de 2014, NY:


quinta-feira, 23 de abril de 2020

Registrada patente demoníaca(?) para o sistema de criptomoedas: biochips são tecnologia ultrapassada!

"Sistema de criptomoedas usando a informação da atividade do corpo (humano)": este é o título do registro da patente WO/2020/060606 publicado no passado dia 26 de Março de 2020, o qual - além de (casualmente?) conter o 666 em seu código de identificação - usa a atividade cerebral e o calor do corpo humano para fornecer parte das grandes quantidades de energia demandadas pelo processo de mineração.

Registro da patente no https://patentscope.wipo.int/

Lembrando que recentemente publicamos os seguintes artigos:

5 de Abril de 2020

14 de Abril de 2020

A Descrição da patente explica que o sistema "pode usar a atividade do corpo humano associada a uma tarefa fornecida ao usuário como uma solução para os desafios de "mineração" em sistemas de criptomoeda. Por exemplo, uma onda cerebral, ou calor corporal emitido pelo usuário quando ele executa a tarefa fornecida por um provedor de informações ou serviços (...) Em vez de um trabalho maciço de computação exigido por alguns sistemas convencionais de criptomoeda, os dados gerados com base na atividade corporal do usuário podem ser uma prova-de-trabalho (algoritmo usado para confirmar transações) e, portanto, um usuário pode resolver inconscientemente o problema computacionalmente difícil. Por conseguinte, (...) reduzir a energia computacional para o processo de mineração, bem como tornar o processo de mineração mais rápido."

Lembrando que tem vindo a ser anunciado...

A empresa de Elon Musk, Neuralink, planeja conectar o cérebro das pessoas à Internet até o próximo ano usando um procedimento que ele afirma ser tão fácil e seguro quanto a cirurgia ocular LASIK 
17 de Julho de 2019



... e lembrando o que já publicamos:

Vozes na cabeça? Pode ser um aplicativo
18 de Março de 2018


terça-feira, 14 de abril de 2020

B.I.S. quer regulamentar (ou acabar com?) as criptomoedas para Bancos Centrais dominarem um futuro sistema financeiro global 100% virtual

Contrapondo o documento liberado pelo Banco privado B.I.S. no dia 02 de Abril de 2020 - traduzido aqui no Blog, analisado em vídeo, no qual, o B.I.S. sugere aos Bancos Centrais a criação de moedas virtuais devido ao perigo de contaminação com Covid-19 através do dinheiro físico, eis que o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB - BIS) - um tentáculo do B.I.S. - atendendo um pedido do G20, apelou ontem, 14 de Abril de 2020, aos Bancos Centrais para regulamentar (ou acabar com?) as stablecoins [criptomoedas com menor oscilação de valor] devido ao risco que estas representam para a Estabilidade Financeira.

Print da publicação do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB - BIS) aqui traduzida

Como vimos anteriormente, o sistema financeiro internacional está preocupado com a Estabilidade Financeira das instituições financeiras e não com a Estabilidade Financeira das populações. Para tal, visam conquistar a Supremacia dos Bancos Centrais sobre a Soberania das Nações através de Agências de Regulamentação e Supervisão Financeira - ou seja, eles criam as regras e depois supervisionam instituições e países para verificar se estes estão cumprindo as regras que eles próprios criaram: as instituições financeiras, ou seguem os acordos contidos no Processo da Basileia, ou são obrigadas a encerrar as portas; os países que não adotarem as regulamentações do Processo da Basileia, sofrem embargos comerciais, convulsões sociais e políticas internas (com a participação de traidores da Pátria), guerras civis e, em casos mais extremos, invasões militares
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A forma como imensas medidas e ferramentas financeiras têm vindo a ser ameaçadoramente impostas nas Nações é-nos revelada pelo próprio Presidente do BCB (de Agosto de 1997 a Março de 1999) Gustavo Franco (doutorado na Universidade de Harvard) quando nos explica, sem rodeios, o que acontece com as instituições financeiras que não seguem o Acordo da Basileia: "O esforço de redesenhar o sistema monetário para que o real pudesse ser uma nova moeda forte exigia que os bancos estaduais passassem a atuar tal como os bancos comuns, os que funcionavam no mundo privado, seguindo as diretrizes dos Acordos de Basileia, ou seriam extintos." (pag. 76 e Nota 39)
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As Nações, a grande maioria é governada por Corporações-Estado, como a  República Federativa do Brasil criada pela maçonaria.

O que estamos vivendo é a digitalização de maior parte das esferas da vida humana, rumo ao Governo Mundial de controle tecnológico absoluto sob domínio de um Estado de Polícia militarizada e Lei Marcial.

Print do Comunicado de imprensa do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB - BIS), também aqui traduzido

T R A D U Ç Õ E S

Enfrentando os desafios regulatórios, de supervisão e fiscalização levantados pelos acordos de “stablecoin global"
14 de Abril de 2020

Esta consulta estabelece 10 recomendações de alto nível para lidar com os desafios regulatórios, de supervisão e de fiscalização levantados pelos acordos de "stablecoin global".

As chamadas “stablecoins”, como outros cripto-ativos, têm o potencial de aumentar a eficiência da prestação de serviços financeiros, mas também podem gerar riscos para a estabilidade financeira. As atividades associadas às “stablecoins globais” e os riscos que elas podem representar podem abranger os regimes regulatórios bancários, de pagamentos e de valores/investimentos, tanto dentro das jurisdições quanto além fronteiras. Esses riscos em potencial podem mudar com o tempo e, portanto, desafiar a eficácia das abordagens regulatórias, de supervisão e de supervisão existentes. Garantir a abordagem regulatória apropriada dentro das jurisdições entre setores e fronteiras será, portanto, importante.

As recomendações do FSB exigem regulamentação, supervisão e fiscalização proporcional aos riscos e enfatizam a necessidade de acordos de cooperação, coordenação e compartilhamento de informações transfronteiriços flexíveis, eficientes, inclusivos e multissetoriais que levem em conta a evolução dos acordos de "stablecoin global” e os riscos que eles podem representar ao longo do tempo. Eles aplicam o princípio de 'mesmo negócio - mesmos riscos - mesmas regras', independentemente da tecnologia subjacente.

O relatório também destaca os principais padrões internacionais de regulamentação financeira do Comitê de Basileia (BCBS -BIS), da Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF), do Comitê de Pagamentos e Infraestruturas de Mercado (CPMI - BIS) e da Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO) que podem ser aplicados às “stablecoins globais”.

As recomendações respondem a uma chamada do G20 para examinar questões regulatórias levantadas por acordos de "stablecoin global" e aconselhar sobre respostas multilaterais, conforme apropriado, levando em consideração a perspectiva de mercados emergentes e economias em desenvolvimento. Eles se baseiam em uma avaliação abrangente das abordagens regulatórias, de supervisão e de supervisão existentes nas jurisdições do FSB e [nas jurisdições] não-FSB.


Versão do Comunicado de imprensa

O FSB consulta as recomendações regulatórias, de supervisão e de fiscalização para acordos de “stablecoin global
14 de Abril de 2020

O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) publicou hoje para consulta 10 recomendações de alto nível para abordar os desafios regulatórios, de supervisão e de supervisão levantados pelos acordos de "stablecoin global" [artigo traduzido acima].

A inovação tecnológica no setor financeiro continua em ritmo acelerado e, com a pandemia do COVID-19, as alternativas ao dinheiro podem se tornar ainda mais atraentes. As chamadas “stablecoins”, como outros cripto-ativos, têm o potencial de aumentar a eficiência da prestação de serviços financeiros, mas também podem gerar riscos para a estabilidade financeira. As atividades associadas às “stablecoins globais” e os riscos que eles podem representar podem abranger os regimes regulatório bancário, de pagamentos e de valores/investimentos, tanto dentro das jurisdições quanto além fronteiras. Esses riscos em potencial podem mudar com o tempo e, portanto, desafiam a eficácia das abordagens regulatórias, de supervisão e de supervisão existentes. Garantir, portanto, uma abordagem regulatória apropriada nas jurisdições entre setores e fronteiras será importante.

As recomendações do FSB exigem regulamentação, supervisão e supervisão proporcional aos riscos e enfatizam a necessidade de acordos de cooperação, coordenação e compartilhamento de informações transfronteiriços flexíveis, eficientes, inclusivos e multissetoriais que levem em conta a evolução de acordos de "stablecoin globais” e os riscos que eles podem representar ao longo do tempo. Eles aplicam o princípio de 'mesmo negócio - mesmos riscos - mesmas regras', independentemente da tecnologia subjacente.

O relatório também destaca os principais padrões internacionais de regulamentação financeira do Comitê de Basileia (BCBS -BIS), da Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF), do Comitê de Pagamentos e Infraestruturas de Mercado (CPMI - BIS) e da Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO) que podem ser aplicados às “stablecoins globais”.

As recomendações respondem a uma chamada do G20 para examinar questões regulatórias levantadas por acordos de "stablecoin global" e aconselhar sobre respostas multilaterais, conforme apropriado, levando em consideração a perspectiva de mercados emergentes e economias em desenvolvimento. Eles se baseiam em uma avaliação abrangente das abordagens regulatórias, de supervisão e de supervisão existentes nas jurisdições do FSB e [nas jurisdições] não-FSB.

Este documento de consulta será entregue aos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais dos [países pertencentes ao] G20 para sua reunião virtual na 4ª-feira desta semana [15 de Abril de 2020]. O período de consulta pública termina na 4ª-feira, 15 de Julho de 2020. As recomendações finais, com base nos comentários da consulta pública, serão publicadas em Outubro de 2020.

Notas aos editores

O FSB coordena em nível internacional o trabalho das autoridades financeiras nacionais e dos órgãos internacionais de definição de padrões e desenvolve e promove a implementação de políticas regulatórias, de supervisão e outras políticas eficazes do setor financeiro, no interesse da estabilidade financeira. Reúne autoridades nacionais responsáveis pela estabilidade financeira em 24 países e jurisdições, instituições financeiras internacionais, grupos internacionais de reguladores e supervisores específicos do setor e comitês de especialistas em bancos centrais. 

O FSB também realiza divulgação com aproximadamente 70 outras jurisdições por meio de seus 6 Grupos Consultivos Regionais. O FSB é presidido por Randal K. Quarles, vice-presidente do Federal Reserve dos EUA; seu vice-presidente é Klaas Knot, presidente do De Nederlandsche Bank. O Secretariado do FSB está localizado em Basileia, Suíça, e é hospedado pelo Banco para Assentamentos Internacionais.

domingo, 5 de abril de 2020

BIS sugere aos Bancos Centrais o uso de moeda virtual devido ao risco de contaminação pelo C0R0NAV1RU$

Este artigo é a tradução do documento Covid-19, dinheiro e o futuro dos pagamentos, lançado no dia 02 de Abril de 2020 pelo Banco privado BIS, o Banco Central dos Bancos Centrais. Se o dinheiro físico desaparecer e apenas existir dinheiro virtual, quem poderá acessar a este? Apenas as pessoas que fornecerem as suas biometrias ao Estado, se submeterem ao sistema de controle tecnológico absoluto e estiverem perfeitamente alinhadas, sem falhas, com o Governo Mundial. Interessante observar que, no final do documento, são considerados os 1,3 milhão de consumidores "não bancários" no Reino Unido, ou seja, que não possuem conta bancária, logo, não utilizam os meios digitais para efetuar pagamentos: este reconhecimento por parte do sistema bancário de qualquer país poderá servir, no futuro, como argumento para que SEMPRE existam alternativas não virtuais, ou virtuais sem recursos biométricos (com acessos por códigos/senhas), disponíveis para a pessoa que queira utilizar toda e qualquer tecnologia, ou mecanismo social (celulares, transportes, pagamentos, votação, documentos, etc.), possibilitando, assim, a não-marginalização e a não-ilegalização das pessoas que não queiram aderir a tais sistemas de digitalização biométrica. Algo assim só poderá ser alcançado com a União daqueles que escolhem viver em sociedade sem oferecerem as suas biometrias para digitalização.

Capa do documento

COVID-19, DINHEIRO E O FUTURO DOS PAGAMENTOS (tradução)

Transmissão viral através de notas e moedas?

A pandemia do Covid-19 levou a preocupações públicas sem precedentes sobre a transmissão viral via dinheiro. Os bancos centrais relatam um grande aumento de consultas da mídia sobre a segurança do uso de dinheiro. O número de pesquisas na Internet referentes a "dinheiro" e "vírus" está em níveis recordes. Embora o interesse por esses termos também tenha aumentado em vários países da Ásia Oriental e da Europa durante a pandemia do H1N1 de 2009-10, essas estatísticas são diminuídas pela extensão das pesquisas recentes (Gráfico 1, painel esquerdo). Existem diferenças substanciais entre países nessas preocupações. As pesquisas parecem ser mais prevalentes quando mais notas de pequenas denominações - o tipo usado para transações diárias - estão em circulação em relação ao PIB (Gráfico 1, painel à direita). 

Gráfico 1: As áreas sombreadas no painel esquerdo indicam: Janeiro de 2009 a Agosto de 2010 (gripe suína (H1N1)); Setembro de 2012 a Março de 2016 (respiratório do Oriente Médio) Coronavírus da Síndrome (MERS-CoV)); Dezembro de 2013 a Março de 2016 (epidemia de Ebola na África Ocidental); Dezembro de 2019 em vigor (Covid-19). 1) Dados acessados em 21 de março de 2020. Dados resultantes de consultas de pesquisa no Google em todo o mundo para termos selecionados no período atual de 2008, indexados a 100 pelo interesse máximo da pesquisa. 2) Dados acessados em 21 de março de 2020. Dados resultantes de uma média das consultas de pesquisa do Google para todas as palavras-chave no painel esquerdo nos últimos 30 dias, por país. 3) Dados para 2018. Os dados para Argentina e China não são comparáveis com outras jurisdições e, portanto, não são mostradas. Os dados não estão disponíveis para Hong Kong, SAR. As notas não emitidas não são incluídas nos cálculos. Para a Índia, valores de 2012 e 2016 devido ao processo de desmonetização. Denominação pequena é definida como o total menos as duas notas de maior denominação para cada jurisdição.

No geral, Austrália, França, Cingapura, Suíça, Irlanda, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Jamaica e Quênia tiveram o maior interesse recente de pesquisa (Gráfico 2).

Gráfico 2: Os círculos pretos representam a Região Administrativa Especial de Hong Kong e Cingapura. Os limites e nomes mostrados e as designações usadas neste mapa não implicam endosso, ou aceitação, pelo BIS. Dados acessados em 21 de março de 2020. Dados resultantes de uma média da intensidade das consultas de pesquisa do Google para as 5 pesquisas "Cash Covid", "Coin Covid", "Cash virus", "Coin virus" e "Cash corona" e para o últimos 30 dias, por país. Os dados não estão disponíveis para vários países onde o Google não é amplamente usado.

Pesquisas em microbiologia examinam se agentes patogênicos, incluindo vírus, bactérias, fungos e parasitas podem sobreviver em notas e moedas (Angelakis et al, 2014). Thomas et al (2008) descobriram que alguns vírus, incluindo a gripe humana, podem persistir por horas ou dias nas notas, principalmente quando diluídos no muco (Gráfico 3, painel esquerdo). Lopez et al (2011) descobrem que superfícies não porosas têm maior eficiência de transferência, o que significa que podem transmitir vírus e bactérias mais rapidamente. O vírus Covid-19 também pode sobreviver em superfícies. Um estudo de van Doremalen et al (2020) constata que o Covid-19 pode persistir por três horas no ar, 24 horas em papelão e ainda mais em outras superfícies duras (Gráfico 3, painel direito).

Gráfico 3

Dito isto, os cientistas repararam que a probabilidade de transmissão via notas é baixa quando comparada com outros objetos tocados com frequência. Até o momento, não há casos conhecidos de transmissão do Covid-19 por meio de notas, ou moedas. Além disso, não está claro se essa transmissão é material comparada à transmissão por pessoa, ou por meio de outros objetos ou proximidade física (O CDC (2020) observa que se acredita que o vírus se espalhe principalmente entre pessoas que estão em contato próximo e a partir de gotículas produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. As medidas de proteção incluem lavar as mãos e evitar contato próximo). O fato de o vírus sobreviver melhor em materiais não porosos, como plástico ou aço inoxidável, significa que o débito, ou terminais de cartão de crédito, ou PINs, também podem transmitir o vírus. O chefe do Instituto de Saúde Pública da Alemanha observa que “a transmissão (viral) através de notas não tem um significado particular”, pois as gotículas transportadas pelo ar de indivíduos infectados são o principal risco de infecção (Como citado na Reuters (2020). Veja outras visões referenciadas em Orcutt (2020). Além disso, os especialistas observam que lavar as mãos após tocar em dinheiro, ou outros objetos, pode ajudar a reduzir o risco de transmissão (ver referências em King e Shen (2020)).

Promovendo a confiança no caixa e a aceitação universal 

Para aumentar a confiança no dinheiro e garantir a aceitação universal, vários Bancos Centrais comunicaram ativamente que os riscos são baixos e tomaram outras ações (Gráfico 4).

Gráfico 4

O Banco da Inglaterra observou que "o risco representado pelo manuseio de uma nota de polímero não é maior do que tocar em outras superfícies comuns, como corrimãos, maçanetas, ou cartões de crédito" (Bank of England (2020)). O Bundesbank aconselhou o público que os riscos de transmissão através de notas são mínimos e que é garantido um fornecimento suficiente de notas (Bundesbank (2020)). O Banco do Canadá pediu que os varejistas parassem de recusar pagamentos em dinheiro (citados em O’Hara (2020)). O Banco de Reserva da África do Sul neutralizou os golpes, esclarecendo que não há evidência de transmissão em dinheiro e não está retirando dinheiro da circulação (SARB (2020)).

Outros bancos centrais adotaram medidas adicionais. O Banco Popular da China começou em Fevereiro a esterilizar notas em regiões afetadas pelo vírus. Em 6 de Março, a Reserva Federal Americana (FED) confirmou que estava colocando de quarentena contas provenientes da Ásia antes da recirculação (Schroeder e Irrera (2020)). Os bancos centrais da Coréia do Sul, Hungria, Kuwait e outros países também passaram a esterilizar, ou colocar em quarentena as notas e, assim, garantir que o dinheiro que sai dos centros de moeda do Banco Central não contenha patógenos. Bancos Centrais, ou Governos da Índia, Indonésia, Geórgia e vários outros países incentivaram pagamentos sem dinheiro.

Implicações para pagamentos digitais e moedas digitais dos Banco Centrais

Independentemente de as preocupações serem justificadas ou não, as percepções de que o dinheiro pode espalhar patógenos podem mudar o comportamento do pagamento por usuários e empresas. Nas crises passadas, a demanda por dinheiro aumentou com freqüência, pois os consumidores buscaram um estoque estável de valor e meio de troca (Para uma discussão da demanda doméstica e estrangeira pelas notas de dólar em tempos de crise e calma, veja Judson (2012)). No momento atual, os dados ainda não apresentam um quadro uniforme. Nos Estados Unidos, o dinheiro em circulação aumentou recentemente. Porém, no Reino Unido, as retiradas de caixas automáticos (ATM) caíram (Gráfico 5, painel esquerdo). 

Gráfico 5

A médio prazo, o surto poderia, em princípio, levar a maiores detenções preventivas em dinheiro por parte dos consumidores e a um aumento estrutural no uso de pagamentos por celular, cartão e online. Esses desenvolvimentos podem diferir entre as sociedades e entre diferentes consumidores.

Os desenvolvimentos atuais trazem à tona os pagamentos digitais (Os pagamentos digitais são instrumentos que usam um meio digital, e não por ex. dinheiro ou cheques, para autorizar ou receber pagamento). No entanto, nem todos os pagamentos digitais são imunes. Por exemplo, transações com cartão de débito e crédito geralmente exigem uma assinatura ou uma entrada de PIN em um dispositivo comercializado para transações maiores (Gráfico 5, painel central). Os pagamentos com cartão sem contato, que são populares em vários países (Gráfico 5, painel à direita), não exigem um PIN para pequenas transações (Um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi citado no início de Março como recomendando aos consumidores “usar a tecnologia [de pagamento] sem contato sempre que possível” (Gardner (2020)). Um porta-voz da OMS esclareceu mais tarde que não disse que o dinheiro está transmitindo o vírus, mas que recomenda lavar as mãos após manusear dinheiro (Jagannathan (2020))Recentemente, autoridades, bancos e redes de cartões na Áustria, Alemanha, Hungria, Irlanda, Holanda, Reino Unido e outros países estabeleceram limites mais altos de transações para pagamentos sem contato (Nederlandse Vereniging van Banken (2020); BPFI (2020); UK Finance ( 2020); Handelsblatt (2020); Kurier (2020)). Carteiras digitais, ou outras interfaces de pagamento baseadas em smartphones (por exemplo, detalhes do cartão armazenado ou códigos QR), onde nenhum contato físico do mesmo objeto por várias pessoas ocorre, são outras possíveis soluções. Pagamentos online por comércio eletrônico não são, obviamente, suscetíveis à transmissão viral.

Uma avaliação realista dos riscos de transmissão através de dinheiro é particularmente importante porque pode haver conseqüências distributivas de qualquer afastamento do dinheiro. Se o dinheiro geralmente não for aceito como meio de pagamento, isso poderá abrir uma "divisão de pagamentos" entre aqueles com acesso a pagamentos digitais e aqueles sem [acesso]. Por sua vez, isso pode ter um impacto especialmente grave nos consumidores não bancários e idosos. Em Londres, um repórter (Hearing (2020)) já notou as dificuldades de pagar com dinheiro e as conseqüências para os 1,3 milhão de consumidores não bancários no Reino Unido. Em muitos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, onde as autoridades recentemente pediram maior uso dos pagamentos digitais, o acesso a essas alternativas está longe de ser universal. Este poderia continuar sendo um debate importante no futuro, potencialmente pedindo um fortalecimento do papel do dinheiro.

Infra-estruturas de pagamento, resilientes e acessíveis, operadas por Bancos Centrais, poderiam rapidamente se tornar mais proeminentes, incluindo as moedas digitais de varejo dos Bancos Centrais (CBDCs). Tais infraestruturas precisariam suportar uma grande variedade de choques, incluindo pandemias e ataques cibernéticos. Auer e Böhme (2020) estabelecem arquiteturas potenciais para CBDC resilientes e opções tecnológicas, permitindo ampla aceitação. No contexto da crise atual, o CBDC precisaria, em particular, ser concebido, permitindo opções de acesso para as interfaces técnicas sem banco e sem contato, adequadas para toda a população.

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