quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

MILITARIZAÇÃO DE ESCOLAS PÚBLICAS | Doutrinação fascista substituindo Doutrinação comunista?

Nos seguintes vídeos da Euronews e da Rede Globo, respectivamente, descobrimos que 4 Escolas do 1° Ciclo ao Secundário, na região de Brasília, estão servindo de protótipo para um 2º passo da Militarização de Escolas Públicas que visa alcançar +40 Escolas. Segundo a reportagem do Fantástico, 120 Escolas Públicas em todo o país já foram transformadas em Escolas Militares. Além das disciplinas usuais, os alunos terão aulas de música e de Educação Moral e Cívica facultadas por militares, ou polícias-militares. 



As Escolas Públicas estão transformando-se em Escolas Militares

Na Portaria nº 399, de 15 de Fevereiro de 2019 [▶] o Ministro de Estado da Educação (...) resolve: Nomear Ângela de Oliveira Pereira (...) para exercer o cargo de Coordenador-Geral, código DAS 101.4, da Coordenação-Geral de Capacitação de Profissionais da Educação da Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares da Secretaria de Educação Básica deste Ministério.


No Decreto Nº 9.665, de 02 de Janeiro de 2019 [▶] (...) o Presidente da República (...) decreta: 


Anexo I, Capítulo I, Art. 1o, Parágrafo único. (...) o Ministério da Educação poderá estabelecer parcerias com instituições civis e militares.

Anexo I, Capítulo II,, Art. 2o  O Ministério da Educação tem [entre outras] a seguinte estrutura organizacional: 5. Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares;

Anexo I, Capítulo III, Seção II, Art. 11.  À Secretaria de Educação Básica compete: XVI - promover, fomentar, acompanhar e avaliar, por meio de parcerias, a adoção por adesão do modelo de escolas cívico-militares nos sistemas de ensino municipais, estaduais e distrital tendo como base a gestão administrativa, educacional e didático-pedagógica adotada por colégios militares do Exército, Polícias e Bombeiros Militares;

Anexo I, Capítulo III, Seção II, Art. 16.  À Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares compete: 
I - criar, gerenciar e coordenar programas nos campos didático-pedagógicos e de gestão educacional que considerem valores cívicos, de cidadania e capacitação profissional necessários aos jovens;
II - propor e desenvolver um modelo de escola de alto nível, com base nos padrões de ensino e modelos pedagógicos empregados nos colégios militares do Exército, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, para os ensinos fundamental e médio;
III - promover, progressivamente, a adesão ao modelo de escola de alto nível às escolas estaduais e municipais, mediante adesão voluntária dos entes federados, atendendo, preferencialmente, escolas em situação de vulnerabilidade social;
IV - fomentar junto às redes de ensino e instituições formadoras novos modelos de gestão, visando a alcançar os objetivos e metas do Plano Nacional de Educação;
V - implementar um projeto nacional a partir da integração e parceria com entidades civis e órgãos governamentais em todos os níveis;
VI - promover a concepção de escolas cívico-militares, com base em requisitos técnicos e pedagógicos;
VII - realizar, em parceria com as redes de ensino, a avaliação das demandas dos pedidos de manutenção, conservação e reformas das futuras instalações das escolas cívico-militares;
VIII - fomentar e incentivar a participação social na melhoria da infraestrutura das escolas cívico-militares;
IX - propor, desenvolver e acompanhar o sistema de cadastramento, avaliação e acompanhamento das atividades das escolas cívico-militares;
X - propor, desenvolver e acompanhar estudos para aprimoramento da organização técnico-pedagógica do ensino das escolas cívico-militares;
XI - desenvolver e avaliar tecnologias voltadas ao planejamento e às boas práticas gerenciais das escolas cívico-militares;
XII - propor, desenvolver e articular a autoria e o desenho instrucional de cursos de capacitação, em colaboração com as diretorias da Secretaria; e
XIII - propor e acompanhar o desenvolvimento de sistemas de controle dos projetos de cursos, gestão e formação continuada de gestores, técnicos, docentes, monitores, parceiros estratégicos e demais profissionais envolvidos nos diferentes processos em colaboração com as diretorias da Secretaria.

Verificamos, assim, que os militares ficam envolvidos em praticamente todos os processos educativos e administrativos de uma Escola Militarizada. Assim como é preciso admitir que existem imensos pontos bastante positivos em toda esta iniciativa...

⬩ a redução drástica dos índices de violência entre alunos 
⬩ fim da violência e da falta de respeito de alunos contra professores
⬩ fim da depredação das escolas
⬩ fim do consumo e tráfico de drogas dentro e no entorno das escolas
⬩ aprendizagem de princípios básicos de boa educação e convivência
⬩ melhoria dos níveis de aprendizagem

... também é necessário admitir que é extremamente difícil encontrar o equilíbrio entre a positividade de tal intervenção e negatividade dos programas de controle mental aplicados em jovens, de forma a que estes consintam a instauração de um Estado de Militarização Policial, de controle tecnológico absoluto [▶] e de homogeneização de pensamentos e cultura. Não podemos passar a achar normal vivermos num Estado de Militarização Policial, como já se vive em alguns países e como tem vindo a ser incentivado aqui no Brasil. A Militarização da Polícia é resultado de um ciclo vicioso: 

são aplicadas políticas que aumentam a criminalidade e o consumo de droga (o aumento da criminalidade é diretamente proporcional ao aumento do consumo de drogas) e ações de violência classificadas pelo sistema como Terrorismo [▶] ➨ cresce o sentimento de medo e de insegurança ➨ a população consente e até exige a restrição de direitos e de liberdades e o aumento do controle tecnológico em troca de uma suposta segurança.


Polícia dos EUA

Polícia em Bruxelas


Polícia na França

Mais de uma década de comunismo no Brasil desestruturou mentalmente o povo e criou graves desequilíbrios cívicos, mas também abriu as portas para que, agora, a Militarização Cívica surja como solução para as feridas no tecido popular, acompanhada dos seus potenciais excessos de disciplina e rigor. Em maior parte das sociedades, o povo reflete os problemas dos estratos mais elevados: para que uma retificação eficaz possa acontecer em qualquer sociedade, esta tem de começar de cima para baixo – o que não tem acontecido dentro do Brasil. Pelo contrário: a corrupção política, judicial e corporativista, acompanhada do aumento dos privilégios de tais classes, têm sido uma constante. Querem que o povo melhore, mas a postura das mais altas instâncias do Serviço Público, só piora. Assim, quando identificamos algumas das mais básicas regras militares aplicadas dentro das Escolas Militarizadas...

▪ Moças: cabelo amarrado
▪ Rapazes: cabelo curto - máquina 2 de lado e atrás e máquina 4 em cima
▪ Professores: tem de usar bata branca e quem não se adapta, é afastado.

... imediatamente nos interrogamos se o real objetivo do Estado é melhorar a condição de vida das pessoas, ou se, na verdade, estará querendo fazer o povo marchar no consentimento dos objetivos da Agenda Internacional do Governo Mundial [▶] - uma monocultura elitista e global que tem vindo a ser instaurada com base no medo e no sentimento de insegurança, a qual tem vindo a restringir, cada vez mais, a Liberdade de Expressão e os Direitos Constitucionais e Humanos [▶] em prol de uma suposta segurança oferecida pelo Estado – como temos vindo a detalhar em artigos aqui no blog.

Algumas perguntas pertinentes:

⬩ Se um rapaz, menor de idade e com o consentimento dos pais, quiser usar o cabelo grande por razões, p.ex., religiosas, ou culturais?

⬩ E se um rapaz, ou uma moça, menor de idade e com o consentimento dos pais, quiser pintar o cabelo de azul, ou vermelho?

⬩ Como encontrar o equilíbrio entre as exigências militares em relação aos jovens e as mais variadas influências culturais nacionais e internacionais que hoje tanto os influenciam? 

⬩ Como se equilibra as exigências militares em relação aos jovens e as Liberdades de Expressão, de Crença e de Pensamento defendidas pela Constituição Brasileira?

Precisamos todos ficar muito atentos: 
se por um lado, a liberdade nas mãos de quem não sabe ser livre, é perigosa,
por outro lado, o poder, além de ser uma das tentações mais difíceis de resistir,
pode ser altamente destruidor.

OBSERVAÇÃO: os alunos das Escolas Militarizadas estão sendo obrigados a cantar o Hino Nacional todos os dias, sendo que a Lei n° 5.700, de 01 de Setembro de 1971, Capítulo VI, Art. 39, Parágrafo único:  Nos estabelecimentos públicos e privados de ensino fundamental, é obrigatória a execução do Hino Nacional uma vez por semana. [▶] 

Um aluno que se negue a cantar o Hino Nacional 4 dias na semana, está agindo dentro do seu Direito Constitucional?


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