A suposta melhoria da saúde humana prometida pelo sanitarismo globalista não é de graça e um dos preços a pagar é a conversão do modelo civilizacional em controle tecno-social absoluto, com a extinção de mais direitos e liberdades em relação às coisas essenciais à Vida e à Saúde.
Eles não escondem mais suas ânsias de poder e dominação total e a OMS expôs seu absolutismo, na publicação de 27.Out.2025, Adotando uma abordagem estratégica para a saúde urbana: um guia para tomadores de decisão, ao sugerir que o sanitarismo governe todas as áreas da sociedade.
31.Out.2025
A OMS apela para uma nova era de ação estratégica em saúde urbana, com um guia global para desbloquear sociedades saudáveis, prósperas e resilientes
❝No Dia Mundial das Cidades, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convoca líderes nacionais e municipais a transformarem as áreas urbanas em motores de saúde, equidade e sustentabilidade.
Mais de 4,4 bilhões de pessoas, mais da metade da humanidade vive atualmente em áreas urbanas, um número que deverá subir para quase 70%, até 2050. Nas cidades, saúde, desigualdade, meio ambiente e economia se interconectam de maneiras poderosas e dramáticas, criando tanto riscos complexos quanto oportunidades únicas para o progresso. Embora os desafios de saúde sejam evidentes em todos os ambientes urbanos, os piores resultados em saúde geralmente se concentram em favelas e assentamentos informais, onde os moradores enfrentam moradias inseguras, saneamento inadequado, insegurança alimentar e exposição crescente a inundações e calor. Hoje, 1,1 bilhão de pessoas vive nessas condições, um número que deverá triplicar, até 2050. Com o lançamento hoje do novo guia para tomadores de decisão "Adotando uma abordagem estratégica para a saúde urbana", a OMS oferece ideias concretas para inaugurar uma nova era de ação em saúde urbana. O Guia responde à crescente demanda por soluções integradas que abordem os desafios de saúde e promovam a saúde de forma mais ampla em ambientes urbanos. É a primeira estrutura abrangente desse tipo a ajudar os governos a planejar a saúde urbana estrategicamente, integrando evidências às políticas e práticas.
"Este é um momento para que os tomadores de decisão em todos os níveis ajam em conjunto. O guia oferece aos líderes nacionais e municipais, planejadores, parceiros e comunidades uma estrutura para trabalharem juntos, em todos os setores e escalas, para construir futuros mais justos, saudáveis e resilientes." - disse Jeremy Farrar, Diretor-Geral Adjunto para Promoção da Saúde, Prevenção de Doenças e Cuidados da OMS.
Riscos e desigualdades em saúde são observados em todas as áreas urbanas: um estudo realizado em 363 cidades de 9 países da América Latina constatou diferenças na expectativa de vida de até 14 anos para homens e 8 anos para mulheres, entre as cidades mais e menos saudáveis. Moradores de áreas urbanas em todo o mundo enfrentam múltiplos riscos interligados - desde poluição do ar e transporte inseguro até moradias precárias, ruído e riscos climáticos. A poluição do ar, por si só, mata cerca de 7 milhões de pessoas anualmente e quase todos os habitantes das cidades respiram ar que não atende aos valores recomendados pelas diretrizes de qualidade do ar da OMS. A alta densidade populacional aumenta os riscos de surtos de doenças infecciosas, como COVID-19 e dengue e o acesso limitado a espaços verdes aumenta o risco de doenças não transmissíveis. Os ambientes urbanos tornaram-se a principal influência no dia a dia da saúde humana, impulsionando também desafios globais como as mudanças climáticas, a escassez de recursos e a crescente desigualdade. Isso os torna não apenas a linha de frente dos desafios de saúde atuais, mas também a maior esperança de uma mudança transformadora. Ações estratégicas em saúde urbana podem promover a equidade e criar ambientes urbanos resilientes e atraentes, propícios ao desenvolvimento econômico, à sustentabilidade ambiental e a uma vida melhor. Pessoas e empresas buscam cada vez mais ambientes que ofereçam segurança, qualidade de vida e oportunidades. Tomadores de decisão estão incorporando as vozes da comunidade diretamente no planejamento urbano para a saúde no bairro de Dandora, em Nairóbi, Quênia; Suva, Fiji; Makassar, Indonésia; Coimbra, Portugal, e muitos outros.
"As cidades são fundamentais para o avanço da saúde pública. Este Guia oferece aos governos um roteiro para agir estrategicamente, estabelecendo conexões operacionais com outras importantes questões de políticas globais, como mudanças climáticas, transporte, transformação digital e migração." - afirmou o Dr. Etienne Krug, Diretor de Determinantes da Saúde, Prevenção e Promoção.
O Guia enfatiza que a saúde não é responsabilidade de um único setor, nem se limita às decisões de autoridades municipais. Desde ar limpo e moradia segura até mobilidade ativa e acesso digital, passando por financiamento e ações regulatórias mais amplas, as decisões tomadas diariamente por autoridades urbanas em múltiplos setores e escalas afetam a saúde de bilhões de pessoas. Adotar uma abordagem estratégica significa alinhar essas escolhas para construir futuros mais saudáveis e justos, onde os sistemas urbanos trabalhem juntos para promover equidade, sustentabilidade e resiliência.
"Adotando uma Abordagem Estratégica para a Saúde Urbana" descreve medidas práticas para que os governos:
⬝ Compreender a complexidade dos sistemas urbanos e como eles moldam a saúde e a equidade
⬝ Identificar pontos de partida para a ação, reconhecendo oportunidades para construir saúde urbana em agendas de políticas e práticas em outros setores e questões
⬝ Fortalecer os meios de implementação da saúde urbana, incluindo governança, financiamento, dados, análises, inovação, capacitação, parcerias e participação
⬝ Desenvolver estratégias abrangentes de saúde urbana em níveis nacional e municipal
A OMS convoca os líderes municipais e nacionais a adotarem uma abordagem mais estratégica para a saúde urbana, reconhecendo o papel crucial que os governos locais e nacionais desempenham na criação de ações coerentes em saúde, alinhadas a outros objetivos sociais, e tornando as áreas urbanas não apenas mais habitáveis, mas também mais justas e sustentáveis. Juntamente com o Guia, a OMS está lançando os 3 primeiros módulos de um curso de E-learning sobre Saúde Urbana, oferecido pela Academia da OMS, para fortalecer as capacidades de trabalho colaborativo em contextos urbanos.❝--FIM DA TRADUÇÃO
27.Out.2025
❝Os governos enfrentam desafios complexos de saúde, moldados pelas interações em constante evolução entre pessoas e instituições com os ambientes urbanos; esses desafios se intensificam à medida que as cidades se expandem e as populações urbanas crescem.
Este guia da OMS fornece uma estrutura organizada para abordar esses desafios de forma estratégica, evitando as limitações e as consequências indesejáveis de iniciativas fragmentadas e de curto prazo. O relatório abrangente analisa o que a saúde urbana engloba, por que ela é importante e como progredir por meio de ações integradas e de longo prazo. Ele destaca a importância de priorizar a saúde urbana sob as perspectivas epidemiológica, econômica, de equidade e de sustentabilidade e mostra como as decisões em diversos setores - da adaptação climática à transformação digital - afetam o bem-estar nas cidades. O guia se concentra na ideia de que a saúde urbana é uma responsabilidade compartilhada e um objetivo estratégico da sociedade que exige coordenação entre o governo e as comunidades, a sociedade civil e o setor privado. Ele propõe abordagens práticas para reconhecer a complexidade, aproveitar os pontos de entrada políticos e de políticas públicas e fortalecer os meios de implementação por meio da governança, financiamento, capacitação, sistemas de dados, apoio à decisão baseado em evidências, inovação, parcerias e participação. O guia também oferece recomendações para o desenvolvimento de estratégias abrangentes de saúde urbana, adaptáveis aos contextos locais. Com base em contribuições de especialistas e exemplos de cidades do mundo todo, o guia posiciona a saúde urbana como essencial para o desenvolvimento sustentável, a equidade e a resiliência. Ele oferece aos tomadores de decisão um roteiro para substituir ações isoladas por estratégias coerentes que permitam que todos os moradores urbanos prosperem agora e no futuro.❝--FIM DA TRADUÇÃO
4 dias depois, a OMS publica orientações sobre como melhorar o financiamento no sanitarismo:
03.Nov.2025
A OMS publica orientações para lidar com cortes drásticos no financiamento global da saúde
❝A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou hoje novas orientações para os países sobre como combater os efeitos imediatos e de longo prazo dos cortes repentinos e severos no financiamento externo, que estão interrompendo a prestação de serviços essenciais de saúde em muitos países.
As novas orientações, intituladas "Respondendo à emergência do financiamento da saúde: medidas imediatas e mudanças a longo prazo" [não encontrado à data deste artigo CDS], fornecem um conjunto de opções de políticas para que os países lidem com os choques repentinos no financiamento e reforcem os esforços para mobilizar e implementar financiamento suficiente e sustentável para os sistemas nacionais de saúde. A ajuda externa à saúde deverá cair de 30% a 40%, em 2025, em comparação com 2023, causando interrupções imediatas e severas nos serviços de saúde em países de baixa e média renda (PBMR). Dados de uma pesquisa da OMS realizada em 108 PBMR, em Mar.2025, indicam que os cortes no financiamento reduziram serviços essenciais - incluindo cuidados maternos, vacinação, preparação e resposta a emergências de saúde e vigilância epidemiológica - em até 70% em alguns países. Mais de 50 países relataram perdas de empregos entre profissionais de saúde e assistência social, além de grandes interrupções nos programas de treinamento desses profissionais.
"Cortes repentinos e não planejados na ajuda externa atingiram muitos países duramente, ceifando vidas e comprometendo conquistas na área da saúde que haviam sido arduamente alcançadas. Mas, na crise, reside uma oportunidade para que os países deixem de depender da ajuda externa e alcancem a autossuficiência sustentável, baseada em recursos internos. As novas diretrizes da OMS ajudarão os países a mobilizar, alocar, priorizar e utilizar melhor os recursos para apoiar a prestação de serviços de saúde que protejam os mais vulneráveis." - afirmou o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS.
Os cortes de financiamento deste ano agravaram anos de desafios persistentes no financiamento da saúde para os países, incluindo o aumento do endividamento público, a inflação, a incerteza econômica, os altos gastos diretos com saúde, o sub-financiamento sistêmico do orçamento e a forte dependência de ajuda externa.
Ação rápida guiada por eficiência e equidade
As novas diretrizes da OMS instam os formuladores de políticas a priorizarem a saúde nos orçamentos governamentais, tanto política quanto fiscalmente, mesmo em tempos de crise, considerando os gastos com saúde não apenas como um custo a ser contido, mas como um investimento em estabilidade social, dignidade humana e resiliência econômica. As diretrizes enfatizam a necessidade de os países amortecerem o impacto imediato da redução da ajuda externa para a saúde e se adaptarem a uma nova era de assistência reduzida. As principais recomendações políticas incluem:
⬝ priorizar os serviços de saúde acessados pelos mais pobres
⬝ proteger os orçamentos de saúde e os serviços essenciais de saúde
⬝ melhorar a eficiência por meio de melhores práticas de aquisição, redução de custos indiretos e compras estratégicas
⬝ integrar serviços financiados externamente ou específicos para determinadas doenças em modelos abrangentes de prestação de serviços baseados na Atenção Primária à Saúde
⬝ utilizar avaliações de tecnologias em saúde para priorizar serviços e produtos que tenham o maior impacto na saúde por dólar investido
Liderança nacional e solidariedade global são cruciais
Diversos países já tomaram medidas decisivas para fortalecer seus sistemas de saúde e proteger os serviços essenciais de saúde:
⬝ Quênia, Nigéria e África do Sul destinaram verbas adicionais para a saúde, ou aguardam aprovação parlamentar para aumentos
⬝ A Nigéria aumentou seu orçamento de saúde em US$ 200 milhões [R$ 1,1 bilhão] para compensar a falta de ajuda externa, com maiores alocações para imunização, resposta a epidemias e programas prioritários
⬝ Gana eliminou o teto do imposto especial de consumo destinado à sua agência nacional de seguro saúde, resultando em um aumento de 60% no orçamento. O país também lançou o "Accra Reset", uma estrutura ousada para reimaginar a governança global, o financiamento e as parcerias em saúde e desenvolvimento
⬝ Uganda delineou uma agenda política clara para a integração de serviços e programas de saúde, visando melhorar a eficiência e sustentar a prestação de serviços.
As novas diretrizes se baseiam no compromisso da OMS de ajudar todos os países a fortalecer e sustentar sistemas de saúde robustos, fundamentados no compromisso com a cobertura universal de saúde, alicerçados em serviços de atenção primária à saúde fortes, que ofereçam cuidados essenciais a todos que necessitam. A iniciativa também está alinhada com os mandatos existentes da Assembleia Mundial da Saúde, incluindo as resoluções sobre "Fortalecimento do financiamento da saúde globalmente"...
... e "Economia da saúde para todos"...
... para traduzir os compromissos globais em medidas políticas concretas. A OMS e seus parceiros estão empenhados em fornecer apoio técnico, análises e aprendizado entre pares aos países para gerenciar as crises de financiamento da saúde e conduzir a transição, inclusive por meio do novo Centro de Conhecimento sobre Cobertura Universal de Saúde (UHC Knowledge Hub), uma parceria com o Governo do Japão e o Banco Mundial, com lançamento previsto para Dez.2025.❝--FIM DA TRADUÇÃO
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