terça-feira, 13 de agosto de 2019

BIS | FMI | G10 | Ordenam Reforma da Previdência nos países - Por Daniel Simões e Fátima Pinel

Como o Brasil e os países se submetem ao Banco Privado BIS - o Banco Central dos Bancos Centrais
Por Daniel Simões e Fátima Pinel

Black Thursday, ou 5ª Feira Negra 24.Out.1929 Crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque
 

A N T E C E D E N T E S   D A
R E F O R M A   D A   P R E V I D Ê N C I A

DATA
EVENTO
1913
Criação do Sistema da Reserva Federal dos E.U.A.
1929
Crash da Bolsa de New York | Diversas instituições financeiras abrem falência, ou perdem muita riqueza
1930
Conferência de Haya | Criação do Banco para Assentamentos Internacionais (B.I.S.) dentro do Plano Young que renegocia a dívida alemã em relação à 1ª Guerra Mundial, continuando, no entanto, ainda impagável, o que origina a 2ª Guerra Mundial
1944
Conferência de Bretton Woods | Criação do Fundo Monetário Internacional (F.M.I.) e do Banco Mundial, incialmente como Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (B.I.R.D.)
1961
Criação do G10 | Grupo dos 10 – Acordos Gerais para Empréstimos

Com o Crash de 1929 após a criação do Sistema da reserva federal dos E.U.A. [PINEL, M.F.L. 2018], surge a busca da chamada Estabilidade Financeira das Instituições Financeiras convergindo rapidamente para Supremacia dos Bancos Centrais sobre a Soberania dos Países. O Objetivo é transformar as Nações em corporações; circular livremente o dinheiro entre as Instituições Financeiras nacionais e internacionais.

AS PRINCIPAIS BARREIRAS IDENTIFICADAS
Envelhecimento das populações
+ Tempo de aposentadoria e - Tempo de trabalho e de contribuição
Diminuição da população produtora
- Produção de riqueza

SOLUÇÃO: REFORMAS NA PREVIDÊNCIA NOS PAÍSES
Aumentar o tempo de trabalho
+ Tempo de contribuição e - Tempo de aposentadoria
Aumentar a quantidade de população ativa
+ Tempo de produção de riqueza =  + mão-de-obra = + desemprego = redução dos salários

Para as Reformas da Previdência e Privatizações em Massa serem aplicadas, são precisos aliados políticos e corporativos dentro das Nações que levem tais reformas serem aprovadas.

E S T R U T U R A   A D M I N I S T R A T I V A   D O   B I S
GRUPOS INTERNACIONAIS DE PODER CRIAM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

63 Bancos Centrais são donos do BIS, formam o Núcleo Central e representam 95% do PIB mundial. Juntos com outros 128 Bancos Centrais que também fazem parte do BIS (totalizando 191 Bancos Centrais submissos ao BIS) organizam-se em auto-denominadas Autoridades Reguladoras e Agências Supervisoras. Os 128 Bancos Centrais são subordinados-satélites submissos às regulamentações, supervisões, práticas e princípios criados pelos 63 Bancos Centrais. Dentro do BIS existem diversos grupos de trabalho, comitês, comissões, institutos, fóruns, encontros, etc., cada um destes constituído por diversos Bancos Centrais dos 191. O BIS, como Banco Central dos Bancos Centrais, submete as políticas financeiras de cada país ao seu Poder Financeiro Central, fazendo com que os Países, os Sistemas Políticos e as Economias das Nações se submetam aos interesses do grande capital financeiro privado, centralizados no Acordo da Basiléia e no FX Global Code. Os documentos [listados mais abaixo] criados pelos grupos internacionais de poder, revelam-nos a história do pensamento que deu origem às Reformas das Previdências: 

AS AUTORIDADES INTERNACIONAIS DE REGULAMENTAÇÃO E SUPERVISÃO FINANCEIRA

Estes Grupos Internacionais de Regulamentação e Supervisão Financeira (BIS, FMI, Banco Mundial, G10, etc.) apresentam-se a si mesmos como as instituições mais credenciadas do planeta para oferecer assessoria, consultoria e aconselhamento às Nações, de forma a orientá-las na construção de sistemas financeiros mais sólidos e robustos (para as Instituições Financeiras e não para as populações), em perfeita consonância com a Rede do Sistema Financeiro Internacional. Estão acima da soberania dos países: estes Grupos Internacionais de Regulamentação e Supervisão Financeira afirmam que os financiamentos e os programas de suporte das reformas a serem implantadas nas Nações, devem ser originários de tais grupos e não criados pelos próprios países. Um Estado fraco e um domínio financeiro forte é o seu objetivo.

COMO AGEM AS AGÊNCIAS DE REGULAMENTAÇÃO E SUPERVISÃO FINANCEIRA
Aconselham as Nações
A aderirem às regulamentações internacionais criadas pelas Agências e a submetrem-se à Supervisão destas em relação à aplicação das regulamentações
Ameaçam as Nações
Ou se submetem às regulamentações internacionais criadas pelas Agências, ou poderão sofrer instabilidades financeiras, crises econômicas, extremas dificuldades de exportação e importação, embargos comerciais, convulsões sociais e até guerras
Compram políticos
Com garantias de previlégios financeiros e diplomáticos em troca de votos favoráveis em relação à aplicação nacional das regulamentações financeiras criadas pelas Agências
Investem em propaganda
Muitas vezes enganosas, com o apoio do máximo possível de mídias oficiais e não-oficiais e com o apoio dos mais exaltados discursos dos políticos comprados e acima mencionados.

Neste cenário, a Sociedade Civil é alvo de bilionárias campanhas de marketing sensibilizador e emocional, acompanhadas de dados matemáticos distorcidos que dificilmente serão, por ela, verificados. A população  não tem acesso aos verdadeiros dados, tem dificuldade de entender a complexa contabilidade intrínseca às reformas propostas e, assim, passa a concordar com estas mudanças, não convencidos pelo pensamento lógico, mas pela emoção daqueles que as defendem.  Um dos mais gritantes exemplos é a Reforma da Previdência que já foi aplicada em cerca de 34 países pertencentes à OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (da ONU), segundo esta organização e a FIAP - Federação Internacional dos Administradores de Fundos de Pensão. A verdadeira origem institucional desta Reforma e quem são seus agentes, é o que será discutido no próximo item.

EVENTOS E GRUPOS INTERNACIONAIS DE PODER QUE BUSCAM A ESTABILIDADE FINANCEIRA DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS - E criam as Reformas das Previdências e as Privatizações

EVENTOS, INSTITUIÇÕES E DOCUMENTOS REFERÊNCIA
1929
1930 | Conferência de Haya –
Criação do BIS dentro do Plano Young
Aliados financiam nazismo : Ouro nazi no BIS e no Banco de Londres
1944 | Conferência de Bretton Woods - Conferência Financeira e Monetária Internacional
Criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (inicialmente denominado de BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento) : Versão final
1962 | Criação do Grupo dos 10 - G10 –
Arranjos Gerais para Empréstimos
Por Ministros e Presidentes de Bancos Centrais do FMI, logo, do BIS, para assegurar a estabilidade e a adequação do sistema de pagamentos internacional
1997 | BIS
1998 | G10
2002 | Banco da Inglaterra
2004 | OCDE
2005 | G10
2008 | BIS - Comitê Irving Fisher
2011 | Aliança Mundial de Pensões (WPA) –
Inicialmente como Aliança Global de Pensões
Principal defensora das associações que representam planos e provedores de pensões no mundo
2011 | BIS - Workshop Internacional de Pensões

A CRIAÇÃO DO BIS - O BANCO CENTRAL DOS BANCOS CENTRAIS





PANORAMA DA GEOPOLÍTICA INTERNACIONAL -  CONTEXTUALIZAÇÃO

Quanto à Reforma da Previdência, não se trata de problemas no Caixa, pois a mesma ordem foi dada indiscriminadamente para todos os países, submissos ao Banco privado B.I.S., conforme os documentos acima mencionados. Neste contexto, nunca foi comprovado a existência do lastro da moeda, no mundo. O preço do ouro é acordado diariamente através da negociação entre os mais poderosos bilionários do planeta: A primeira Fixação de Ouro ocorre na NM Rothschild & Sons., New Court, City of London. Um bom exemplo: Banque Royale de France (1720), o volume de papel moeda excedia a cunhagem de metal que ele possuía. O que existe é endividamento para escravizar as nações, escravizar o meio ambiente e as pessoas. Outro tipo de servidão ocorre  quanto à atuação da ONU e suas agências. Por que somente 5 países têm direito permanente a veto na ONU? Neste contexto, faz-se necessário entender as agências da ONU e seus poderes globais.

Brasil: um país em que o sistema de comando despreza e maltrata o seu povo para servir ao domínio internacional (seitas secretas), que se perpetua no poder do Brasil desde 1822 e que se apropria de toda esta abundância, de nossa biodiversidade, consciente que esta riqueza natural é que permite a sua supremacia sobre as Nações que elas subjugam , o desenvolvimento de suas tecnologias, mantendo o povo submisso a este sistema de escravidão secular. Joseph  Stiglitz (Prêmio Nobel de Economia -  2001) discute  criticamente o papel das corporações e adverte: Como Acabar com a Maldição dos Recursos [STIGLITZ 2002 e 2006 e MICKLETHWAIT 2003]. Como se configura tal apropriação? Transformam nossos recursos naturais em commodities negociadas nas Bolsas de Chicago (US$ 30 trilhões por dia, muito mais que o  PIB anual dos EUA) e na Bolsa de Metais de Londres (London Metal Exchange – L.M.E.). A L.M.E. é o maior mercado do mundo de metais industriais  desde 1877 e principal controlador de minério. O ministro Sr. Paulo Guedes, através do Banco Pactual, tem depósito de minério da L.M.E., em Singapura, paraíso fiscal. É oportuno lembrar  que temos o menor royalties de minério do planeta, além de ser calculado sobre o Lucro Liquido e não o Lucro Bruto, como nos demais países.  Para ratificar tal controle global (Norte versus Sul), o estudo suíço denominado Rede de Controle Corporativo Global,  constatou  que de 49.500 grandes corporações só existem 147 influências, sendo as 50 primeiras bancos.  

Neste contexto, o domínio  no Brasil se dá de duas formas: 1) No atacado, garantindo sigilo, confidencialidade em suas operações, mantendo privilégios a pequenos grupos do Sistema Financeiro Global, ordens do Banco privado B.I.S. ao Banco Central do Brasil: pagamento da dívida, securitização, swap cambial, reforma da previdência, reforma trabalhista, limite  do teto de gasto, remuneração de sobra de caixa de bancos, etc. 2) No varejo, as atuações com multifacetas autuações dos órgãos de fiscalização (milhares de processos trabalhistas, trabalho escravo, conflitos com o entorno,  falta de pagamento de água doce (consomem 92% da água), seguros incompatíveis com suas degradadas  produções, grilagem de terras, desvio de leito de rios para suas fabricas, poluição e contaminação das águas, terras e florestas (fracking), desmatamento, patenteiam o patrimônio genético dos povos originários, em países desenvolvidos e além do mais, não efetuam pagamento de royalties, multas, tributos, crimes ambientais. Como possuem subsidiárias em paraísos fiscais, lá realizam suas vendas cheias (preço de transferência). Tudo isto ocorre com ampla concessão local recebida: exploração de recursos naturais, terminais de portos, vias férreas, amplo financiamento publico, inclusive participação do BNDESPAR e empréstimos subsidiados, para empresas que não são brasileiras, o controle acionário não pertence ao Brasil, como o caso da Vale, Fibria (filandesa, origem 1283, Suécia, Stora Enso) , etc. Finalmente, elas contam com o decurso de prazo e o perdão do judiciário. Toda esta visibilidade de suas atuações e autuações só é possível através, principalmente, dos Formulários das Bolsas aos Acionistas. Toda este cenário de  destruição para pagar os salários milionários (em milhões ao mês) a estes executivos, mesmo depois de acometerem crimes ambientais. 

O patrimônio que só as transnacionais usufruem em detrimento do povo: maior percentual de água doce (12%), maior aquífero do planeta, Alter do Chão e 60% do Aquífero Guarani; 98% do nióbio mundial que é utilizado nas produções de multifacetadas tecnologias (inclusive armamentos) para aumentar a produtividade das mesmas; terras, florestas e minérios em abundância, para uma população muito pequena. [PINEL, M.F.L. 2018]. Aí entendemos o jogo das privatizações com amplo financiamento publico para os compradores: as corporações precisam estar sob controle dos países do norte, desenvolvidos, pois como somente  as estatais desenvolvem tecnologias, possivelmente poderiam interromper  este processo de colonização secular e estes países colonizados tornarem-se realmente soberanos! 

Daniel Simões | Pesquisador independente. poesiasocial@gmail.com | Blog | Youtube

Fátima Pinel | Brasileira. Profª do Dept° de Contabilidade da UFF. Auditora, auditora de sistemas e analista de suporte (BANERJ). Doutorado em Auditoria Social e 2 mestrados em Responsabilidade Social e Auditoria, Un. Zaragoza (Contabilidade e Finanças), Espanha. Mestrado em Contabilidade - Auditoria (UERJ); Graduação em Contabilidade (UERJ) e pós-graduação lato senso: em Análise de Sistemas, (PUC-RJ) e Sistemas de Informação (CEPUERJ). fatima_pinel@id.uff.br | Site | Youtube

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