Como o
Brasil e os países se submetem ao Banco Privado BIS - o Banco Central dos
Bancos Centrais
Por Daniel Simões e
Fátima Pinel
A N T E C E D E N T E S D A
R E F O R M A D A P R E V
I D Ê N C I A
DATA
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EVENTO
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1913
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Criação do Sistema da Reserva Federal dos E.U.A.
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1929
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Crash da Bolsa de New
York | Diversas instituições financeiras abrem
falência, ou perdem muita riqueza
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1930
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Conferência de Haya | Criação do Banco
para Assentamentos Internacionais (B.I.S.) dentro do Plano Young que
renegocia a dívida alemã em relação à 1ª Guerra Mundial, continuando, no
entanto, ainda impagável, o que origina a 2ª Guerra Mundial
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1944
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Conferência de Bretton Woods | Criação do Fundo
Monetário Internacional (F.M.I.) e do Banco Mundial, incialmente como Banco
Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (B.I.R.D.)
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1961
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Criação do G10 | Grupo dos 10 –
Acordos Gerais para Empréstimos
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Com o Crash
de 1929 após a criação do Sistema
da reserva federal dos E.U.A. [PINEL, M.F.L. 2018], surge a
busca da chamada Estabilidade Financeira das
Instituições Financeiras convergindo rapidamente para Supremacia dos Bancos
Centrais sobre a Soberania dos Países. O Objetivo é transformar as Nações em
corporações; circular livremente o dinheiro entre as Instituições Financeiras
nacionais e internacionais.
AS
PRINCIPAIS BARREIRAS IDENTIFICADAS
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Envelhecimento das populações
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+ Tempo de aposentadoria e - Tempo de trabalho e de contribuição
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Diminuição da população produtora
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- Produção de riqueza
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SOLUÇÃO: REFORMAS NA PREVIDÊNCIA NOS PAÍSES
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Aumentar o tempo de trabalho
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+ Tempo de contribuição e - Tempo
de aposentadoria
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Aumentar a quantidade de população ativa
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+ Tempo de produção de
riqueza = + mão-de-obra = + desemprego
= redução dos salários
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Para as Reformas da
Previdência e Privatizações em Massa serem aplicadas, são precisos aliados
políticos e corporativos dentro das Nações que levem tais reformas serem
aprovadas.
E S T R U T U R A A D M I N I S T R A T I V A D O B I S
GRUPOS INTERNACIONAIS DE PODER CRIAM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
63 Bancos Centrais são donos do BIS, formam o
Núcleo Central e representam 95% do PIB
mundial. Juntos com outros 128 Bancos Centrais que também fazem parte do BIS (totalizando 191 Bancos Centrais submissos ao BIS) organizam-se em auto-denominadas Autoridades
Reguladoras e Agências
Supervisoras. Os 128 Bancos Centrais são subordinados-satélites
submissos às regulamentações, supervisões, práticas e princípios criados pelos
63 Bancos Centrais. Dentro do BIS existem diversos grupos de trabalho, comitês,
comissões, institutos, fóruns, encontros, etc., cada um destes constituído por
diversos Bancos Centrais dos 191. O BIS, como Banco Central dos Bancos
Centrais, submete as políticas financeiras de cada país ao seu Poder Financeiro
Central, fazendo com que os Países, os Sistemas Políticos e as Economias das
Nações se submetam aos interesses do grande capital financeiro privado,
centralizados no Acordo da Basiléia e no FX Global Code. Os documentos [listados mais abaixo] criados
pelos grupos internacionais de poder, revelam-nos a história do pensamento que
deu origem às Reformas das Previdências:
AS AUTORIDADES INTERNACIONAIS DE REGULAMENTAÇÃO E
SUPERVISÃO FINANCEIRA
Estes Grupos Internacionais de Regulamentação e
Supervisão Financeira (BIS, FMI, Banco Mundial, G10, etc.) apresentam-se a si
mesmos como as instituições mais credenciadas do planeta para oferecer assessoria, consultoria e
aconselhamento às Nações, de forma a orientá-las na construção de sistemas
financeiros mais sólidos e robustos (para as Instituições Financeiras e não
para as populações), em perfeita consonância com a Rede do Sistema
Financeiro Internacional. Estão acima da
soberania dos países: estes Grupos Internacionais de Regulamentação e
Supervisão Financeira afirmam que os financiamentos e os programas de suporte
das reformas a serem implantadas nas Nações, devem ser originários de tais grupos e não
criados pelos próprios países. Um Estado fraco e um domínio financeiro forte é
o seu objetivo.
COMO AGEM AS AGÊNCIAS DE REGULAMENTAÇÃO E
SUPERVISÃO FINANCEIRA
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Aconselham as
Nações
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A aderirem às regulamentações internacionais criadas pelas Agências e
a submetrem-se à Supervisão destas em relação à aplicação das regulamentações
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Ameaçam as Nações
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Ou se submetem às regulamentações internacionais criadas pelas
Agências, ou poderão sofrer instabilidades financeiras, crises econômicas, extremas
dificuldades de exportação e importação, embargos comerciais, convulsões
sociais e até guerras
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Compram políticos
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Com garantias de previlégios financeiros e diplomáticos em troca de
votos favoráveis em relação à aplicação nacional das regulamentações
financeiras criadas pelas Agências
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Investem em
propaganda
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Muitas vezes enganosas, com o apoio do máximo possível de mídias
oficiais e não-oficiais e com o apoio dos mais exaltados discursos dos
políticos comprados e acima mencionados.
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Neste cenário, a Sociedade Civil é alvo de
bilionárias campanhas de marketing sensibilizador e emocional, acompanhadas de
dados matemáticos distorcidos que dificilmente serão, por ela, verificados. A
população não tem acesso aos verdadeiros
dados, tem dificuldade de entender a complexa contabilidade intrínseca às
reformas propostas e, assim, passa a concordar com estas mudanças, não
convencidos pelo pensamento lógico, mas pela emoção daqueles que as
defendem. Um dos mais gritantes exemplos
é a Reforma da Previdência que já foi aplicada em cerca de 34 países
pertencentes à OCDE – Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (da ONU), segundo
esta organização e a FIAP - Federação
Internacional dos Administradores de Fundos de Pensão. A verdadeira
origem institucional desta Reforma e quem são seus agentes, é o que será
discutido no próximo item.
EVENTOS E GRUPOS INTERNACIONAIS DE PODER QUE BUSCAM A ESTABILIDADE
FINANCEIRA DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS - E criam as Reformas das Previdências
e as Privatizações
EVENTOS, INSTITUIÇÕES
E DOCUMENTOS REFERÊNCIA
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1929
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1930 | Conferência de Haya –
Criação do BIS dentro do Plano Young
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Aliados financiam nazismo : Ouro nazi no BIS e no Banco de Londres
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1944 | Conferência de Bretton Woods - Conferência
Financeira e Monetária Internacional
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Criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (inicialmente
denominado de BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e
Desenvolvimento) : Versão final
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1962 | Criação do Grupo dos 10 - G10 –
Arranjos Gerais para Empréstimos
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Por Ministros e Presidentes de Bancos Centrais do FMI, logo, do BIS,
para assegurar a estabilidade e a adequação do sistema de pagamentos
internacional
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1997 | BIS
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1998 | G10
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2002 | Banco da Inglaterra
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2004 | OCDE
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2005 | G10
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2008 | BIS - Comitê Irving Fisher
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2011 | Aliança Mundial de Pensões (WPA) –
Inicialmente como Aliança Global de Pensões
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Principal defensora das associações que representam planos e
provedores de pensões no mundo
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2011 | BIS - Workshop Internacional de Pensões
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A CRIAÇÃO DO BIS - O BANCO CENTRAL DOS BANCOS CENTRAIS
PANORAMA DA GEOPOLÍTICA INTERNACIONAL - CONTEXTUALIZAÇÃO
Quanto à Reforma da Previdência, não se trata de
problemas no Caixa, pois a mesma ordem foi dada indiscriminadamente para todos
os países, submissos ao Banco privado B.I.S., conforme os documentos acima
mencionados. Neste contexto, nunca foi
comprovado a existência do lastro da moeda, no mundo. O preço
do ouro é acordado diariamente através da negociação entre os mais poderosos
bilionários do planeta: A primeira
Fixação de Ouro ocorre na NM Rothschild & Sons., New Court, City of London. Um bom
exemplo: Banque
Royale de France (1720), o volume de papel moeda excedia a cunhagem
de metal que ele possuía. O que existe é endividamento para
escravizar as nações, escravizar o meio ambiente e as pessoas. Outro tipo de
servidão ocorre quanto à atuação da ONU e suas agências. Por que
somente 5 países têm direito permanente a veto na ONU? Neste contexto, faz-se
necessário entender as agências da ONU e seus poderes globais.
Brasil: um país em que o sistema de comando despreza e maltrata o seu povo para
servir ao domínio internacional (seitas secretas), que se perpetua no poder do
Brasil desde 1822 e que se apropria de toda esta abundância, de nossa
biodiversidade, consciente que esta riqueza natural é que permite a sua
supremacia sobre as Nações que elas subjugam , o desenvolvimento de suas
tecnologias, mantendo o povo submisso a este sistema de
escravidão secular. Joseph Stiglitz
(Prêmio Nobel de Economia - 2001)
discute criticamente o papel das
corporações e adverte: Como Acabar com a Maldição dos Recursos [STIGLITZ 2002 e 2006 e MICKLETHWAIT
2003]. Como se configura tal apropriação? Transformam nossos recursos
naturais em commodities negociadas
nas Bolsas de Chicago (US$ 30
trilhões por dia, muito mais que o
PIB anual
dos EUA) e na Bolsa
de Metais de Londres (London
Metal Exchange – L.M.E.). A L.M.E.
é o maior mercado do mundo de metais industriais desde 1877 e principal controlador de
minério. O ministro Sr. Paulo Guedes, através do Banco Pactual, tem depósito
de minério da L.M.E., em Singapura, paraíso fiscal. É oportuno lembrar que temos o menor
royalties de minério do planeta, além de ser calculado sobre o Lucro Liquido e
não o Lucro Bruto, como nos demais países. Para ratificar tal controle global (Norte versus Sul), o estudo
suíço denominado Rede de
Controle Corporativo Global,
constatou que de 49.500 grandes
corporações só existem 147 influências, sendo as
50 primeiras bancos.
Neste contexto, o domínio no Brasil se dá de duas formas: 1) No atacado, garantindo sigilo,
confidencialidade em suas operações, mantendo privilégios a pequenos grupos do
Sistema Financeiro Global, ordens do
Banco privado B.I.S. ao Banco Central do Brasil: pagamento
da dívida, securitização, swap cambial, reforma da previdência, reforma
trabalhista, limite do teto de gasto, remuneração
de sobra de caixa de bancos, etc. 2) No
varejo, as atuações com multifacetas autuações dos órgãos de fiscalização
(milhares de processos trabalhistas, trabalho escravo, conflitos com o
entorno, falta de pagamento de água doce
(consomem 92% da água), seguros incompatíveis com suas degradadas produções, grilagem de terras, desvio de
leito de rios para suas fabricas, poluição e contaminação das águas, terras e
florestas (fracking), desmatamento, patenteiam o patrimônio genético dos povos
originários, em países desenvolvidos e além do mais, não efetuam pagamento de
royalties, multas, tributos, crimes ambientais. Como possuem subsidiárias em
paraísos fiscais, lá realizam suas vendas cheias (preço de transferência). Tudo
isto ocorre com ampla concessão local recebida: exploração de recursos
naturais, terminais de portos, vias férreas, amplo financiamento publico,
inclusive participação do BNDESPAR e empréstimos subsidiados, para empresas que
não são brasileiras, o controle acionário não pertence ao Brasil, como o caso
da Vale, Fibria
(filandesa, origem 1283, Suécia, Stora Enso) , etc. Finalmente, elas contam
com o decurso de prazo e o perdão do judiciário. Toda esta visibilidade de suas
atuações e autuações só é possível através, principalmente, dos Formulários das
Bolsas aos Acionistas. Toda este cenário de
destruição para pagar os salários milionários (em milhões ao mês) a
estes executivos, mesmo depois de acometerem crimes ambientais.
O patrimônio que só as transnacionais
usufruem em detrimento do povo: maior percentual de água doce (12%), maior
aquífero do planeta, Alter do
Chão e 60% do Aquífero Guarani; 98% do
nióbio mundial que é utilizado nas produções de multifacetadas
tecnologias (inclusive armamentos) para aumentar a produtividade das mesmas; terras,
florestas e minérios em abundância, para uma população muito pequena. [PINEL, M.F.L. 2018]. Aí entendemos o jogo das
privatizações com amplo financiamento publico para os compradores: as corporações
precisam estar sob controle dos países do norte, desenvolvidos, pois como
somente as estatais desenvolvem
tecnologias, possivelmente poderiam interromper
este processo de colonização secular e estes países colonizados tornarem-se
realmente soberanos!
Daniel
Simões | Pesquisador independente. poesiasocial@gmail.com | Blog | Youtube
Fátima
Pinel | Brasileira. Profª do Dept°
de Contabilidade da UFF. Auditora, auditora de sistemas e analista de suporte (BANERJ).
Doutorado em Auditoria Social e 2 mestrados em Responsabilidade Social e
Auditoria, Un. Zaragoza (Contabilidade e Finanças), Espanha. Mestrado em
Contabilidade - Auditoria (UERJ); Graduação em Contabilidade (UERJ) e pós-graduação
lato senso: em Análise de Sistemas, (PUC-RJ) e Sistemas de Informação (CEPUERJ).
fatima_pinel@id.uff.br | Site | Youtube
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