terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Petrobras em 2 relatórios aos mercados mostra infiltração estrangeira na indústria energética brasileira


A soberania do Brasil é uma ilusão que não passa do papel constitucional.

A Petrobras, empresa estatal brasileira, em declaração aos mercados (27.Dez.2022) publicada na Comissão de Títulos e Câmbios (SEC-EUA), demonstra como a indústria energética em geral está, hoje, infiltrada por grandes corporações internacionais, graças ao desinteligentíssimo processo de privatização de maior parte daquelas, o que tem vindo a acontecer nos últimos anos - tanto em relação à Petrobras, como em relação a outras empresas-estrategicamente-chaves para a chamada "segurança nacional".

Petrobras sobre escoamento e processamento de gás natural


Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 2022 - Petróleo Brasileiro S.A. - A Petrobras informa que assinou o contrato do Sistema Integrado de Processamento de Gás Natural (SIP) com a CNOOC Petroleum Brasil Ltda [CNOOC é uma empresa global de energia, sem uma sede definida em termos nacionais e com escritórios em:

▪ China
▪ Canadá
▪ Estados Unidos
▪ Reino Unido
▪ Austrália
▪ Argentina
▪ Brasil
▪ Colômbia
▪ Congo
▪ Gabão
▪ Guiana
▪ Indonésia
▪ Iraque
▪ México
▪ Nigéria
▪ Uganda] 
(CNOOC). 


... e, juntamente com a Petrogal Brasil [Petrogal pertence à Galp, uma empresa portuguesa]...


... Repsol Sinopec Brasil [Repsol é uma empresa espanhola] ...


... e Shell Brasil [Shell é uma empresa inglesa]...


... parceiras nos dutos offshore do pré-sal da Bacia de Santos, concluiu o processo de adesão da CNOOC aos contratos vigentes do Sistema Integrado de Escoamento de Gás Natural da Bacia de Santos (SIE -BS).

Com a assinatura desses contratos, a CNOOC poderá escoar o gás natural proveniente do campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, por qualquer uma das rotas de exportação do SIE-BS e processá-lo em usinas da Petrobras, possibilitando para CNOOC atender diretamente o mercado de gás natural a partir de 01/01/2023.

[continua no documento com informações que podem ser desconsideradas perante o ponto abordado neste artigo]

-- FIM DA TRADUÇÃO

Petrobras no processo de contratação da P-84 e P-85
[link diferente do anterior]


Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 2022 - Petróleo Brasileiro S.A. - A Petrobras informa que iniciou o processo de contratação de duas unidades de produção FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading) para os reservatórios compartilhados de Atapu e Sépia, com licitações previstas para serem recebido em julho de 2023 e produção para começar em 2028.

Após a segunda rodada de licitação para os volumes excedentes da cessão onerosa, a operadora Petrobras passou a deter 65,7% de participação no reservatório compartilhado de Atapu, a Shell [inglesa] 16,7%, a TotalEnergies [francesa] 15%...


... a Petrogal [portuguesa] 1,7% e o Governo Brasileiro, representado pela Pré-Sal Petróleo S.A. - PPSA, 0,9%. Para o reservatório compartilhado Sépia, a composição é Petrobras (55,3%) como operadora, TotalEnergies (16,9%), Petronas Petróleo Brasil Ltda. (12,7%) [Petronas é uma empresa da Malásia]...


... QatarEnergy (12,7%) [é uma empresa do Qatar]...


... Petrogal (2,4%). Em ambos os reservatórios a Pré-Sal Petróleo S.A. - PPSA atua como gestora do contrato de partilha.

As plataformas P-84 (Atapu) e P-85 (Sépia) terão, cada uma, capacidade de produção diária de 225 mil barris de petróleo e capacidade de processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás. O projeto das plataformas, padronizado entre as duas unidades, representa um passo na evolução tecnológica para a redução das emissões de gases de efeito estufa, com destaque para a introdução do conceito All Electric em projetos desse porte, que consiste em um conceito de engenharia para mais geração eficiente de energia, valendo-se da recente revisão dos limites de emissão previstos na resolução CONAMA 382/2006.

O projeto permite reduzir em 30% a intensidade das emissões de gases de efeito estufa por barril de óleo equivalente produzido. A redução se deve aos benefícios da configuração All Electric, otimizações na planta de processamento para maior eficiência energética e a incorporação de diversas tecnologias: ventilação de rotina zero (recuperação de gases liberados dos tanques de carga e planta de processamento), águas profundas colheita, uso de acionamentos de velocidade variável em bombas e compressores, cogeração (Waste Heat Recovery Unit), queima de rotina zero (recuperação de gases do flare - flare fechado) e válvulas com requisitos para baixas emissões fugitivas e a captura, uso e armazenamento geológico de CO2 do gás produzido.

Esse resultado reflete o compromisso da Petrobras com a geração de valor, sustentabilidade, segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente.

-- FIM DA TRADUÇÃO

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