sábado, 2 de setembro de 2023

BRICS - Análise da Declaração de Joanesburgo II


O mundo imperializado pela ordem mundial dos EUA/Europa e o mundo pseudo-opositor a tal imperialismo, jamais aceitariam, de forma tão pacificada, o modelo civilizacional proposto por tal império, se este não chegasse pelas mãos da pseudo-resistência BRICS. Por isso, a Declaração de Joanesburgo II é a Agenda 2030.

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Lembrando que em 15-16.Nov.2022, todos os países membros do BRICS assinaram a Declaração dos Líderes G20 Bali, junto com os EUA, Reino Unido, França, Alemanha, etc...


... e que esta não entra em conflito com a Declaração de Joanesburgo II, uma vez que ambas são declarações de compromissos com a continuidade da instauração da Agenda 2030, do Acordo Global de Pandemias e do novo paradigma financeiro 100% digitalizado.

De seguida, excertos da Declaração de Joanesburgo II (BRICS) entre aspas (" "), seguidos de comentários CDS.

BRICS
África do Sul 2023
XV Cúpula do BRICS
Declaração de Joanesburgo II
BRICS e África: Parceria para o Crescimento Mutuamente Acelerado, o Desenvolvimento Sustentável e o Multilateralismo Inclusivo
Sandton, Gauteng, África do Sul
4ª-feira, 23.Ago.2023 - ORIGINAL



"Parceria para o Multilateralismo Inclusivo | 10. Apoiamos uma Rede de Segurança Financeira Global robusta, com um Fundo Monetário Internacional (FMI) baseado em quotas e com recursos adequados no seu centro. Apelamos à conclusão da 16.ª Revisão Geral das Quotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), antes de 15.Dez.2023. A revisão deverá restaurar o papel principal das quotas no FMI. Qualquer ajustamento nas quotas deverá resultar em aumentos nas quotas dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento (EMDC), protegendo ao mesmo tempo a voz e a representação dos membros mais pobres. Apelamos à reforma das instituições de Bretton Woods, incluindo um papel mais importante para os mercados emergentes e os países em desenvolvimento, incluindo em posições de liderança nas instituições de Bretton Woods, que reflitam o papel dos EMDC na economia mundial."

CDS: O alinhamento do BRICS com a agenda internacional que vem sendo instaurada desde há, pelo menos, 200 anos, é tão profundo, que as reformas institucionais propostas, p.ex., no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no sistema institucional Bretton Woods, além de não exigirem a extinção deste sistema que oprime os países chamados "em desenvolvimento", ainda incentivam a sobrevivência do mesmo, fortalecendo seu posicionamento central de dominação do sistema financeiro internacional com as inovações estruturais que o novo paradigma financeiro exige que sejam feitas em tais instituições de forma a que a dominação regulamentar e de supervisão, continue. Ou seja, as reformas propostas no sistema financeiro internacional não refletem uma conquista de poder do BRICS sobre o imperialismo EUA/Europa, mas, sim, uma necessidade de reforma institucional, regulamentar e de supervisão que já vinha sendo debatida, planejada, experimentada e instaurada por todo o sistema financeiro que domina a Terra desde o final da 2ª Guerra Mundial, ou seja, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco para Assentamentos Internacionais (BIS), Grupo Banco Mundial (GBM), bancos globais grandes demais para falir (G-SIBs), Reserva Federal Americana (FED), Banco Central Europeu (BCE), etc., naquilo que já foi chamado de Bretton Woods 2.0, ou seja, um, novo sistema civilizacional mundial dominado por um sistema financeiro 100% digitalizado, baseado em CBDCs. Este posicionamento do BRICS é o reflexo, isso sim, de uma estratégia de silenciamento de potenciais vozes de resistência e de pacificação das percepções geo-políticas superficiais de diversos estratos sociais dos países do hemisfério sul e dos países pseudo-opositores, em relação à instauração do novo paradigma civilizacional mundial que visa a completa digitalização das relações humanas, através do casamento de agendas sociais, sanitaristas e financeiras. E isto, aparentemente, está tendo enorme sucesso, uma vez que, imensas vozes que se opõem ao totalitarismo sanitarista e tecno-financeiro mundial, manifestam-se, agora, como aliadas do BRICS na instauração de exatamente os mesmos mecanismos e modelos civilizacionais que já vinham sendo propostos e instaurados pelas instituições globalistas (ONU, OMS, BIS, FMI, OCDE, etc.) dentro dos países. Como encontrarão, tais vozes, a coerência entre o apoio ao BRICS e p.ex., os fármacos genéticos mortais (mRNA), a identidade biométrica digital e as CBDCs, que o BRICS estão impondo em seus países membros?


"Parceria para o Crescimento Mutuamente Acelerado  |  27. Encorajamos as instituições financeiras multilaterais e as organizações internacionais a desempenharem um papel construtivo na construção de um consenso global sobre as políticas económicas e na prevenção de riscos sistémicos de perturbação económica e de fragmentação financeira. Apelamos aos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMD) para que continuem a implementar as recomendações que deveriam ser voluntárias no âmbito dos quadros de governação dos BMD, do Relatório de Revisão Independente do G20 sobre os Quadros de Adequação de Capital dos BMD para aumentar as suas capacidades de empréstimo, salvaguardando ao mesmo tempo a estabilidade financeira a longo prazo dos BMD, a robustez classificação de credor e status de credor preferencial. 46. Reconhecemos o papel fundamental do NBD na promoção da infra-estrutura e do desenvolvimento sustentável dos seus países membros. Parabenizamos a Sra. Dilma Rousseff, ex-Presidente da República Federativa do Brasil, como Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e estamos confiantes de que ela contribuirá para o fortalecimento do NBD no cumprimento efetivo do seu mandato. Esperamos que o NDB forneça e mantenha as soluções de financiamento mais eficazes para o desenvolvimento sustentável, um processo constante de expansão de membros e melhorias na governança corporativa e na eficácia operacional para o cumprimento da Estratégia Geral do NDB para 2022-2026. Damos as boas-vindas aos 3 novos membros do NBD, nomeadamente Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos. Incentivamos o NBD a desempenhar um papel ativo no processo de partilha de conhecimento e a incorporar as melhores práticas dos países membros nas suas políticas operacionais, de acordo com o seu mecanismo de governação e tendo em conta as prioridades nacionais e os objetivos de desenvolvimento. Vemos o NDB como um membro importante da família global de MDB, dado o seu estatuto único como instituição criada por EMDCs [Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento] para EMDCs."

CDS: Uma das grandes propostas do BRICS são os  Bancos de Desenvolvimento Multi-lateral (MDBs) e os Novos Bancos de Desenvolvimento (NDBs), os quais, como está claramente esclarecido no parágrafo 10, estão submissos ao poder de regulamentação e supervisão do sistema financeiro internacional centralizado no FMI/BIS e nada mais são - à semelhança do que já está instaurado a nível nacional e internacional - do que geradores de dívida externa e condicionadores de desenvolvimento nacional, assegurando empréstimos dentro de exigências que garantem a permanência e o fortalecimento do controle e do domínio do mesmo sistema corporativo e financeiro internacional regulamentar e de supervisão, dentro dos países. Grande parte dos financiamentos (empréstimos, geração de dívida) dos MDBs e dos NDBs, serão direcionados à instauração do sanitarismo internacional que inclui fármacos genéticos mortais (mRNA) e o sistema One Health (Saúde Única) da OMS. Ou seja, nada de novo sobre a Terra, a não ser o novo modelo civilizacional, que será, mundialmente, cada vez mais centralizado e eficaz no controle digital das mentes e dos movimentos sociais e cada vez mais próximo do absoluto.

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