19 julho 2018
A nova legislação, intitulada "Estado-Nação Judaico", também retira o árabe como uma das línguas oficiais do país e diz que o avanço de assentamentos judaicos - alguns em terras disputadas com os palestinos- é de interesse nacional. Agora, o hebraico será o único idioma oficial.
O texto estabelece ainda que Jerusalém é a capital de Israel.
Parlamentares de origem árabe classificaram a lei de "racista". Mas o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, elogiou o texto, dizendo que a aprovação é um "divisor de águas" para o Estado de Israel.
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A lei, defendida pelo governo, afirma que "Israel é a terra histórica do povo judaico, que tem o direito exclusivo à autodeterminação nela". Isso significa que cabe aos judeus o direito de se "autogovernar" e definir o estatuto político de Israel.
A proposta foi aprovada por 66 votos a favor e 55 contra, numa sessão de votação tumultuada que durou mais de oito horas.
Alguns artigos ainda mais polêmicos foram retirados, como o que previa a criação de comunidades exclusivas para judeus.
Críticas
O parlamentar israelense de origem árabe Ahmed Tibi disse que a aprovação da proposta representa a "morte da democracia".
A ONG Adalah, que defende os direitos dos árabes, disse que a lei é uma tentativa de fazer avançar "a superioridade étnica por meio de políticas racistas".
Na semana passada, Netanyahu defendeu a lei dizendo: "Vamos continuar garantindo os direitos civis na democracia israelense, mas a maioria também tem direitos e a maioria decide."
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