segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Doença de Marburg, no Ruanda: uma das candidatas à próxima pseudo-pandemia mundial?


Diretor-geral da OMS vai ao Ruanda. CEO do Instituto Sabin vai ao Ruanda. BioNTech abre fábrica de vacinas no Ruanda. Afinal, o que se passa no Ruanda? No passado dia 02.Out.2024, chamei a atenção para a seguinte notícia: 

"Um estudante de medicina e sua namorada acabaram de voltar de Ruanda - onde houve um surto conhecido de Marburg. Ele tratou um paciente lá e depois desenvolveu sintomas do vírus mortal em um trem para Frankfurt"
Grande estação ferroviária alemã invadida pela polícia - BILD
Fonte: RT News

"A Estação Central de Hamburgo foi bloqueada por medo de "vírus mortal" - dois viajantes teriam sido infectados com o vírus de Marburg. Não há vacinas, ou tratamentos aprovados, para o vírus, que tem uma taxa de mortalidade de até 88%, segundo relatos."
Ontem, o Diretor Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lançou novos alertas.


Comentários do Diretor-Geral da OMS na coletiva de imprensa sobre 
o surto da doença do vírus de Marburg em Ruanda
20 de outubro de 2024 - ORIGINAL


Ilustre Ministro Dr. Sabin Nsanzimana...


... membros da imprensa, caros colegas e amigos, é uma honra estar de volta a Ruanda e agradeço ao Ministro por sua hospitalidade e também por sua liderança na resposta ao surto da doença do vírus de Marburg. Ontem à noite, também tive a oportunidade de me reunir com Sua Excelência, o Presidente Kagame...


... e está claro que ele está intimamente envolvido na resposta ao surto. Liderança dos mais altos níveis do governo é essencial em qualquer resposta a surto e é isso que vemos aqui, no Ruanda. Obrigado, Sr. Presidente e Sr. Ministro, por sua liderança. Estamos felizes em ver que não houve novos casos nos últimos 6 dias e esperamos que isso continue assim. Ontem visitamos o centro de tratamento, onde ainda há alguns pacientes recebendo tratamento, embora a maioria, agora, esteja negativa para Marburg e esperamos que eles recebam alta em breve. Ficamos impressionados com o nível de cuidado intensivo dispensado aos pacientes, algo nunca antes utilizado em um surto de febre hemorrágica viral em nosso continente (África). 2 dos pacientes que conhecemos apresentaram todos os sintomas de Marburg, incluindo falência múltipla de órgãos, mas foram colocados em suporte de vida, foram intubados e extubados com sucesso e agora estão se recuperando. Acreditamos que esta é a 1ª vez que pacientes com o vírus Marburg foram extubados na África. Esses pacientes teriam morrido em surtos anteriores. Isso reflete o trabalho que Ruanda tem feito ao longo de muitos anos para fortalecer seu sistema de saúde, para desenvolver capacidades para cuidados críticos e suporte de vida, que podem ser implantadas tanto em cuidados hospitalares regulares quanto em emergências. Ouvi isso, não apenas de médicos locais, mas de estrangeiros que trabalham em hospitais e centros de tratamento em Ruanda. Embora não haja vacinas ou tratamentos aprovados para Marburg, parabenizamos Ruanda pela rapidez com que iniciou os testes de vacinas e tratamentos e esperamos que esses testes ajudem a gerar dados para respaldar a aprovação desses produtos para futuros surtos. Isso também demonstra o trabalho que Ruanda fez para fortalecer seu sistema regulatório, que tem trabalhado para atingir o nível de maturidade 3 da OMS. Esperamos que a agência atinja o nível de maturidade 3, até o final deste ano [coincidindo com a data limite para a finalização do Acordo Global de Pandemias].


Agradeço aos muitos parceiros que apoiaram esses testes, incluindo o Sabin Vaccine Institute...




 - e estou feliz que a CEO do Sabin Institute, Amy Finan, possa se juntar a nós hoje.


Como vocês sabem, temos outras 3 vacinas candidatas em desenvolvimento, da Universidade de Oxford, Public Health Vaccines...


... e IAVI...


... e estou muito feliz que doenças tropicais como o vírus de Marburg, que é perigoso, estejam recebendo atenção e por termos vacinas em desenvolvimento. Ontem, também visitamos o Posto de Comando Nacional e ficamos impressionados com a forma como a tecnologia está sendo usada para fornecer informações em tempo real para ação e aumentar a eficiência operacional. Tomando emprestadas as palavras do Presidente Kagame, vi a inteligente Ruanda em ação. E também visitamos a unidade de fabricação de vacinas da BioNTech. 

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Atualização sobre o 1° BioNTainer para instalação de fabricação de mRNA na África
21.Dez.2022 - ORIGINAL

A BioNTech SE atingiu o próximo marco no estabelecimento da produção escalável de vacinas de mRNA, na África. Os 6 contêineres de transporte de tamanho ISO para o 1° BioNTainer concluíram a construção na Europa, passaram por verificações de qualidade por especialistas da BioNTech e estão sendo preparados para embarque para Kigali, Ruanda, onde devem chegar no 1° trimestre de 2023. O material de mídia da preparação já está disponível aqui. Paralelamente, a BioNTech continua a desenvolver e construir sua instalação de fabricação de última geração em Kigali, Ruanda, após a inauguração, em Jun.2022. A instalação abrigará os primeiros BioNTainers e deve se tornar um nó em uma rede de fabricação de ponta a ponta descentralizada e robusta na África. A BioNTech também espera enviar BioNTainers para o Senegal e potencialmente para a África do Sul em estreita coordenação com cada país respectivo e a União Africana. As vacinas a serem fabricadas nesta rede em toda a África serão dedicadas a pessoas que residem em estados-membros da União Africana, com o objetivo de apoiar o acesso a novos medicamentos. Além disso, a BioNTech está avançando com vacinas candidatas baseadas em mRNA para tratar malária e tuberculose, com base na plataforma de mRNA da empresa. Espera-se que as vacinas candidatas entrem em testes iniciais em humanos, no final de 2022, ou início de 2023.

2024

֍

Eu estava aqui, em Kigali, para a cerimônia de inauguração há 2 anos, então, fiquei muito satisfeito em ver o progresso significativo na construção. Uma das principais lições da pandemia da COVID-19 foi a necessidade de expandir a produção local de vacinas para evitar o acesso desigual às vacinas que vimos, e estamos satisfeitos em ver a maneira como Ruanda e a BioNTech estão investindo na produção local. Vocês sabem como a África foi tratada quando as vacinas chegaram, com a desigualdade e o nacionalismo das vacinas, e esperamos que esses investimentos estratégicos consertem os problemas de desigualdade que enfrentamos durante a COVID. Então, como eu disse, estamos muito satisfeitos que não houve novos casos e mortes nos últimos 6 dias e posso ver que o surto está sendo administrado sob uma liderança forte. Mas estamos lidando com um dos vírus mais perigosos do mundo e a vigilância contínua é essencial. Medidas reforçadas de vigilância, rastreamento de contatos e prevenção e controle de infecções devem continuar em larga escala, até que o surto seja declarado encerrado. A OMS continuará a apoiar o governo na resposta. Junto com nossos parceiros, fornecemos especialistas técnicos, equipamentos de proteção individual, kits de teste e outros suprimentos. Agradeço especialmente aos Estados Unidos, à União Europeia e ao Reino Unido pelo financiamento que forneceram à OMS e a outros parceiros. Saúdo os dedicados profissionais de saúde que se colocaram em perigo para salvar seus colegas e que continuaram a trabalhar apesar dos riscos. E honro a memória daqueles que perdemos. Gostaria de reiterar que, com base em uma avaliação de risco, a OMS desaconselha restrições a viagens, ou comércio, porque elas são desnecessárias e podem prejudicar a economia de Ruanda. Exceto danos, não traz nada. A maioria dos países respeitou esse conselho, mas alguns impuseram restrições de viagem e pedimos que esses países revertam essas restrições. Honorável Ministro, obrigado mais uma vez por sua liderança, e asseguro-lhe o total comprometimento da OMS em apoiá-lo de todas as maneiras possíveis. Murakoze ciano! Muito obrigado.

--FIM DA TRADUÇÃO

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